sexta-feira, 17 de março de 2017

A face do direitista envergonhado (Por Thiago Muniz)

Existe uma fissura na direita brasileira que está aparecendo: Os direitistas iludidos X os direitistas canalhas.

Os direitistas iludidos, são aqueles que - de boa fé, mas com péssimas fontes de informação - acabaram verdadeiramente pensando que o caminho certo era o impeachment e que isso resolveria o os problemas do Brasil. Para os direitistas iludidos a ficha está começando a cair e a vergonha é muito grande que assola em suas vidas.

O segundo grupo é o que produziu as notícias para aliciar os primeiros. São os políticos calhordas e a nova geração de calhordinhas que está entrando na esteira da "calhordocracia" que está instalada no Brasil desde as capitanias Hereditárias.

Outro componente que ajuda a explicar a vergonha de ser de direita é a culpa, afinal, o Brasil é um país desigual e capitalizar sobre esta desigualdade é a especialidade de alguns políticos. Hoje, o investimento dos pais na educação dos filhos é algo que o Estado busca punir, por exemplo. Se não consegue melhorar a educação pública, se esforça para reduzir as oportunidades dos filhinhos de papai. E os filhinhos de papai se sentem culpados.

A direita tem um grande e poderoso aparato de convencimento que inclui os meios de comunicação de massa que, desinformam e omitem tudo que não lhes é conveniente e informam aquilo que convém à elite. Grande parte das pessoas não é culta e politizada o suficiente para entender que os grandes canais de TV, jornais e revistas agem como partidos políticos com a intenção de defender os interesses econômicos e políticos da classe social à qual pertencem e da qual desejam ter o seu representante a conduzir os destinos do país. O comodismo da classe trabalhadora é outro fator que constitui grande obstáculo para o avanço das ideologias de esquerda de forma tal que Lênin afirmou ser a classe proletária portadora de vocação reformista e não revolucionária, sendo dessa forma necessária uma vanguarda revolucionária, ou seja, um grupo de intelectuais para conduzir os trabalhadores no rumo da revolução.

Em tempos normais, quando o sujeito diz que não existe nem direita, nem esquerda, que tudo isso deixou de fazer sentido depois da queda do muro de Berlim, e que não se prende a rótulos, blábláblá, todos nós sabemos: ele é de direita, mas está com vergonha de dizer.

Em tempos de eleições, é a mesma coisa, mas a pessoa inova.

Quando a gente pergunta em quem ela vai votar, se sai com essa: "o voto é secreto".

Mas a vergonha continua pública.















BIO


Thiago Muniz é colunista do blog "O Contemporâneo", dos sites Panorama TricolorEliane de Lacerdablog do Drummond e Mundial News FM. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para: thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.



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