segunda-feira, 18 de abril de 2016

Mais de 100 deputados que votaram pelo impeachment respondem a processos ou são suspeitos

O resultado favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, teve um resultado bastante expressivo. Dos 513 votos possíveis, 367 votaram a favor do impedimento da presidente. 

Um levantamento feito pelo Jornal do Brasil mostra que, destes 367, 119 respondem, responderam por crimes na Justiça comum ou eleitoral ou estão envolvidos em alguma suspeita.

Veja os nomes e as suspeitas com relação aos deputados:

Bruno Araújo (PSDB de Pernambuco) - Deputado que deu o voto de número 342 na Câmara de Deputados teve o nome citado na lista de doações da Odebrecht, revelada pela Operação Lava Jato. O parlamentar contudo afirma que as doações são oficiais.

Abel Mesquita (Abel Galinha) DEM-RR – É proprietário de uma grande rede de postos de gasolina em seu estado. De acordo com o Portal da Transparência, sua rede de postos recebeu R$1,2 milhão do gov federal. R$262 mil da Polícia Federal, R$257 mil do Ministério da Agricultura e R$244 mil da Funai. Eleito para seu primeiro mandato, o parlamentar se elegeu pelo PDT, passou pelo MPB e recentemente se filiou ao DEM.

Adelson Barreto PR-SE – Eleito por três mandatos consecutivos, o deputado enfrentou um problema em 1998, quando foi eleito como o deputado mais votado do Sergipe, porém, um problema na documentação do seu partido, o antigo PFL, atual DEM, o impediu de assumir o cargo.

Antonio Imbassahy PSDB-BA - O deputado federal envolveu-se em polêmica em 2013 durante a votação da cassação do deputado federal já preso, Natan Donadon (RO). Imbassahy filmou seu voto (a favor da perda de mandato do colega) alegando "inaugurar o voto aberto" na Casa. Com isso, foi acusado de ferir o regimento interno da Câmara de Deputados.

Baleia Rossi PMDB-SP - Em fevereiro de 2016 foi citado pelo lobista Marcel Júlio, que extorquia fornecedores de merendas para escolas públicas de São Paulo.

Cabo Daciolo PTdoB-RJ - Daciolo ganhou notoriedade em 2011, quando ele foi uma das lideranças da greve dos bombeiros no Rio de Janeiro. Na ocasião, os grevistas ocuparam o Quartel-general da corporação e acamparam nas escadarias da Alerj. Daciolo chegou a ser preso e ficar nove dias no presídio de Bangu. Foi expulso do PSOL após propor uma emenda constitucional para alterar o parágrafo primeiro da Constituição Brasileira de "todo poder emana do povo" para "todo poder emana de Deus". Além disso, em março de 2015, Daciolo gerou atrito dentro do PSOL ao defender a libertação dos doze policiais acusados de participar da tortura e morte do pedreiro Amarildo Dias de Souza em 2013.

Celso Russomano PRB-SP – Em 2014, foi o deputado federal mais votado do Brasil, tendo a segunda maior votação da história com 1.524.361 votos. Segundo a revista Consultor Jurídico, em 1998 Russomano foi acusado por exercer ilegalmente a advocacia no qual mantinha o serviço "Plantão Jurídico", pelo sistema 0900, em que oferecia pelo telefone uma "orientação dos seus direitos". Em 2002 Celso Russomano foi acusado de agredir uma funcionária do Instituto do Coração (Incor) e de ter danificado as dependências do hospital, porém foi absolvido desta acusação pelo STF. Celso Russomano tornou-se réu por falsidade ideológica no STF, acusado pelo Ministério Público Federal de simular contrato de imóvel para mudar seu domicílio eleitoral e assim concorrer a Prefeitura de Santo André, em 2000. Em 2010 foi autor de uma emenda para destinar 1,1 milhão de reais para uma ONG que preside e administra em conjunto com familiares. Uma gravação interceptada pela Polícia Federal, durante a Operação Monte Carlo, indica que Celso Russomano estaria relacionado ao esquema operado pela quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, vulgo Carlinhos Cachoeira. Russomano negou envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e encaminhou documento à CPI colocando à disposição seus sigilos telefônico, fiscal e bancário.

Eduardo Cunha PMDB-RJ - Candidatou-se pela primeira vez a um cargo eletivo em 1998, tendo ficado como suplente de deputado estadual e assumido uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado em 2001. Durante seu mandato de presidente da Câmara dos Deputados, está sendo investigado pela Operação Lava Jato e foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal. Acusado de mentir na CPI da Petrobras, teve contra si aberto processo em que se pede sua cassação por quebra de decoro parlamentar. Em 3 de março de 2016, o Supremo Tribunal Federal acolheu por 10 votos a 0, em unanimidade, a denúncia do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot contra Eduardo Cunha por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, tornando-se réu neste tribunal. A área técnica da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável pela fiscalização do mercado financeiro, apontou em relatório sigiloso de março de 2015 que Cunha obteve um "lucro indevido" de R$ 900 mil por operações realizadas entre 2003 e 2006 com fundos de investimento movimentados pela Prece, o fundo de pensão dos funcionários da CEDAE.

Fausto Pinato PP-SP – Foi eleito em 2014 devido aos votos obtidos pelo companheiro de partido, Celso Russomano. Foi designado relator do processo de quebra de decoro parlamentar, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, contra o deputado Eduardo Cunha, presidente daquela casa. Entre as empresas doadoras em sua campanha eleitoral estão: Constran, Construcap e Queiroz Galvão, todas investigadas na Operação Lava Jato.

Heráclito Fortes PSB-PI - Por votação majoritária, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu manter a decisão do Tribunal de Justiça do Piauí, que o condenou Heráclito Fortes a ressarcir os cofres do município de Teresina por gastos com publicidade oficial, quando foi prefeito daquela capital, em que teria ficado caracterizada promoção pessoal nos termos do voto do Ministro Joaquim Barbosa. Um telegrama obtido pelo WikiLeaks aponta que o senador Heráclito Fortes sugeriu que o governo norte-americano estimulasse a produção de armas no Brasil para conter supostas ameaças de Venezuela, Irã e Rússia. Em correspondência assinada pelo então embaixador americano Clifford Sobel, o diplomata relata o diálogo com Heráclito, que na época presidia a Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Senado.

José Luiz Stédile PSB-RS – Irmão do líder do MST, João Pedro Stédile, José Luiz tem posição política oposta ao de João. Declarado contrário ao governo, o deputado responde um processo no Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul por não ter conseguido pagar despesas da saúde e da educação no final de seu primeiro mandato como prefeito de Cachoeirinha (RS), em 2004. Os pagamentos não foram feitos a tempo, segundo ele, porque o governo estadual atrasou o repasse.

Júlio Lopes PP-RJ - Licenciou-se do mandato de Deputado Federal, na Legislatura 2003-2007, para assumir o cargo de Secretário de Estado de Transportes, a partir de 1º de janeiro de 2007. Renunciou em 18 de janeiro de 2007. Licenciou-se do mandato de Deputado Federal, na Legislatura 2011-2015, para assumir o cargo de Secretário de Estado de Transportes, a partir de 1º de março de 2011. Reassumiu em 4 de abril de 2014. Quando secretário, foi responsabilizado pelo acidente com um bonde no bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro, que deixou seis pessoas mortas e outras 57 feridas. Devido ao acidente, teve os bens bloqueados pela Justiça do Rio e foi determinado, juntamente com outros três réus terão que indenizar em R$ 6,3 milhões o patrimônio público. É investigado por apropriação indébita previdenciária e uso de símbolos governamentais em propaganda eleitoral.

Marco Antônio Cabral PMDB-RJ - Filho do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, Marco Antônio foi acusado pelo TSE, em 2013, de antecipar a propaganda eleitoral através das redes sociais, sendo obrigado a apagar sua conta do Facebook. Em 2014 ele foi multado em R$ 10,000.00 pelo TRE-RJ por propaganda eleitoral antecipada. Quando se candidatou ao congresso, Marco declarou à Justiça Federal ter R$ 360 mil em bens, com apenas 23 anos. Uma polêmica que ronda a vida de Marco Antônio Cabral, é a morte da noiva, a estudante Mariana Noleto, num misteriosos e não investigado desastre de helicóptero na Bahia.

Marinha Raupp PMDB-RO - Estreou na política em 1994, então filiada ao PSDB quando foi eleita pela primeira vez deputada federal. Seria reeleita por outras três vezes consecutivas. Desde 2001 pertence ao PMDB. Casada com o senador Valdir Raupp, Marinha, ao lado de seu marido, são suspeitos de ter formado caixa dois para campanha de 2010 por meio do esquema de desvios de corrupção da Petrobras.

Nilson Leitão PSDB-MT – Quando era presidente estadual do PSDB, o diretório teve as contas referentes ao exercício de 2007 e 2010 reprovadas. O partido recorreu, mas a decisão foi mantida. É alvo de inquérito que apura corrupção passiva, referente aos esquemas de corrupção entre a empreiteira Gautama e administradores públicos no município de Sinop (MT), à época em que o parlamentar era prefeito. Em 2007, ele chegou a ser preso preventivamente na Operação Navalha da Polícia Federal, que investigava o mesmo caso. É alvo de inquérito que apura incitação ao crime e formação de quadrilha. O parlamentar teria incentivado invasões a terras indígenas. O processo corre sob segredo de justiça. É alvo de inquérito que apura crimes de responsabilidade. De acordo com a acusação, o parlamentar teria superfaturado a execução de obras de pavimentação e drenagem em trecho urbano da BR-163 de forma a facilitar o desvio de recursos públicos, entre 2001 e 2006, quando era prefeito de Sinop (MT). A denúncia foi recebida quanto ao crime de responsabilidade por desvio ou apropriação de bem público. É alvo de inquéritos que apuram crimes da Lei de Licitações.

Otávio Leite PSDB-RJ - É alvo de representação (sob segredo de justiça) por captação e gastos ilícitos na campanha de 2014 com pedido de cassação de diploma. O processo envolve a gráfica High Level Signs que foi lacrada por conter material não declarado de campanha do parlamentar e dos deputados federais Marco Antonio Cabral (PMDB), Pedro Paulo (PMDB) e Leonardo Picciani (PMDB), estes respondem processos separados. Foi deferido o pedido de quebra de sigilo bancário.

Pauderney Avelino DEM-AM – Quando era presidente do DEM, a prestação de contas do partido foi declarada não prestada. Houve a suspensão do repasse de novas cotas do Fundo Partidário pelo tempo em que durar a omissão.

Paulo Maluf PP-SP - Ex-prefeito de São Paulo, Maluf é alvo de inúmeros inquéritos e ações penais, inclusive de um mandado de prisão internacional expedido pela Interpol. Foi condenado a três anos de prisão pela justiça francesa. Foi condenado por improbidade administrativa pelo superfaturamento na construção do túnel Ayrton Senna quando prefeito de SP. A Justiça determinou o ressarcimento de danos, pagamento de multa, proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios/incentivos fiscais ou creditícios e suspensão dos direitos políticos. A decisão foi mantida em segunda instância. Foi condenado pela utilização de meios e dinheiro público para promoção pessoal durante o período em que ocupou o cargo de prefeito de SP. A Justiça determinou o ressarcimento das despesas, a suspensão dos direitos políticos por três anos e o pagamento de multa civil, além da proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais ou creditícios pelo prazo de três anos. O parlamentar recorreu, mas decisão foi mantida. A Justiça determinou a suspensão de direitos políticos e pagamento de multa por promoção pessoal com dinheiro público. Teve reprovada a prestação de contas referente às eleições de 2010. Recorreu da decisão,mas recurso foi negado. É réu em ação penal por lavagem de dinheiro. O caso envolve parentes do deputado, que respondem à ação na Justiça Federal de São Paulo. É réu em ação penal por crimes eleitorais. Foi oferecida denúncia por falsidade ideológica pela Procuradoria Geral da República contra o parlamentar. Ele é acusado de receber financiamento eleitoral da empresa Eucatex, da qual é sócio, sem declarar em sua prestação de contas da campanha eleitoral de 2010. A denúncia foi recebida. É réu em ação movida pela Justiça Pública por crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. Também são réus da ação sua mulher, Sylvia Maluf, seus filhos, Flávio, Otávio, Lina e Ligia Maluf, seu genro, Miguel Maurílio Cury, sua nora, Jacqueline Maluf. Réu junto com o ex-senador Romeu Tuma e outros por participação em ocultação de cadáveres de militantes durante a Ditadura Militar. À época, o parlamentar era prefeito de São Paulo e Tuma, chefe do DOPS. É alvo ações civis públicas movidas pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. É alvo de ação civil de improbidade administrativa, que corre em segredo de justiça, movida pelo Ministério Público estadual. Foi decretada a indisponibilidade de bens, parlamentar recorreu, mas decisão foi mantida.

Pedro Paulo PMDB-RJ - Em 2014, foi reeleito deputado federal com 162.403 votos, sendo o sexto mais votado no Estado e o terceiro colocado na capital fluminense. De acordo com o site "O que fez seu deputado", criado pela PUC-RJ, Pedro Paulo se absteve de diversas votações relevantes, como a PEC 37, PEC das Domésticas, Novo Código Florestal, Marco Civil da Internet, Fim do Voto Secreto, PEC do Trabalho Escravo, Tribunais Federais e Migração Partidária. Em 2015, Pedro Paulo admitiu ter agredido física e moralmente sua ex-mulher por duas vezes. Embora tenha tentado reduzir a dimensão do episódio, qualificando-o como descontrole provocado por ciúmes.

Marco Feliciano PSC-SP - Teve desaprovada a prestação de contas da eleição de 2014 para deputado federal. Tribunal considerou que houve omissão de despesas. Parlamentar recorreu em terceira instância, mas a decisão foi mantida. É alvo de inquérito que apura irregularidades na contratação de cinco pastores da igreja Catedral do Avivamento, fundada pelo parlamentar. De acordo com a denúncia, os pastores foram contratados pelo seu gabinete, mas não estariam cumprindo o expediente. É alvo de ação civil pública com pedido de indenização por danos morais difusos. A ação foi ajuizada pela ONG Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual em virtude das manifestações do parlamentar acerca da parada do Orgulho LGBT e de Viviany Beleboni - ativista transexual que realizou uma performance no evento -, que teriam incorrido em crimes de difamação, injúria e incitação ao ódio à população LGBT.

Sérgio Reis PRB-SP - Teve desaprovada a prestação de contas das eleições de 2014 para deputado federal. O parlamentar recorre.

Carlos Andrade PHS-RR - É alvo de representação movida pelo Ministério Público, por captação ou gasto ilícito de recursos financeiros de campanha eleitoral. Teve reprovada a prestação de contas das eleições de 2014 para deputado federal. O parlamentar recorre da decisão. E foi multado por irregularidades na prestação de contas da Boa Vista Energia de 2004 de sua responsabilidade.

Afonso Hamm PP-RS - É alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investiga esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.

Alceu Moreira PMDB-RS - Foi condenado por improbidade administrativa. A Justiça considerou que houve desvio de finalidade na contratação de dois funcionários pela prefeitura de Osório e determinou o ressarcimento de danos ao erário e o pagamento de multa. O parlamentar interpôs recurso, que foi negado. Em seguida, interpôs agravo em terceira instância contra a decisão que negou seguimento ao recurso, mas ela foi mantida. Réu em processo por improbidade administrativa foi condenado em segunda instância ao pagamento de multa por contratação irregular de funcionário público. Foi condenado ao pagamento de multa por conduta vedada a agente público (uso irregular de serviço social de saúde pública). A decisão foi mantida em segunda instância. É alvo de inquérito que apura crimes da Lei de licitações e corrupção passiva. O processo corre sob segredo de justiça.

Giovani Cherini PDT-RS - Foi condenado em ação movida pelo Ministério Público Eleitoral por abuso de poder econômico e compra de votos. A Justiça decretou sua inelegibilidade por três anos, a contar das eleições de 2006.

Luis Carlos Heinze PP-RS - É alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.

Mauro Pereira PMDB-RS - Teve desaprovada a prestação de contas das eleições de 2004 para vereador de Caxias do Sul. Recorreu, mas a decisão foi mantida.

Osmar Terra PSDB-RS - O TCE-RS apontou irregularidades nas suas gestões da Secretaria da Saúde e da Prefeitura e o condenou ao pagamento de multa.

Renato Molling PP-RS - É alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras. Condenado a ressarcir o montante gasto com a publicação de editais de dispensa de licitação, bem como à suspensão dos direitos políticos pelo período de três anos. À época em que era prefeito do município de Sapiranga, o parlamentar contratou a empresa ACB Torres Advogados Associados sem o devido processo licitatório.

Ronaldo Nogueira PTB-RS - Teve reprovadas as contas referentes à campanha eleitoral de 2014. O parlamentar recorreu, mas a decisão foi mantida.

Carmen Zanotto PPS-SC - É ré em ação civil de improbidade administrativa por enriquecimento ilícito movida pelo Ministério Público Estadual. Foram constatadas irregularidades no procedimento licitatório referente a contrato de gestão do Hospital Infantil Doutor Jeser Amarante Faria para o ano de 2008, no qual a parlamentar estava à frente da Secretaria de Saúde estadual. Zanotto recorre da decisão que determinou o pagamento de multa. Foi responsabilizada e multada por irregularidades referentes à gestão do Fundo Municipal de Saúde de Lages e à construção de um hospital regional.

Celso Maldaner PMDB-SC - Foi condenado em ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual por prática ilícita cometida quando ocupava o cargo de secretário estadual. A Justiça determinou o pagamento de multa. A sentença foi mantida em segunda instância, com redução do valor da multa. Foi responsabilizado e multado por irregularidades referentes a licitações e à gestão do Fundo de Assistência e Previdência quando prefeito. Foi, ainda, condenado a multa por irregularidades em contratações durante sua gestão na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional de Maravilha.

Marco Tebaldi PSDB-SC - O parlamentar recorre no STF de condenação em primeira instância por falsidade ideológica, que determinou pagamento de multa, inabilitação para o exercício de cargo público e prisão, substituída por prestação de serviços à comunidade.

Mauro Mariani PMDB-SC - Réu em ação por improbidade administrativa. A ação havia sido extinta em primeira instância, mas o TJ-SC anulou essa decisão.

Ronaldo Benedet PMDB-SC - É réu em ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal. É alvo de inquérito que apura crimes eleitorais. É alvo de ação movida pelo Ministério Público por abuso eleitoral.

Marcos Reategui PSC-AP - É réu em ação civil de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual. É réu por crimes de responsabilidade por acessar inquéritos e informar aos investigados sobre as investigações da Polícia Federal. Foi determinada sua prisão preventiva em novembro de 2013 e no mês seguinte conseguiu sua liberdade por meio de Habeas Corpus que determinou seu afastamento do cargo. Em virtude de sua diplomação como deputado federal, o processo foi remetido ao STF. O parlamentar é réu em mais duas ações penais, ajuizadas pelo Ministério Público Federal. É também investigado em ações civis de improbidade administrativas movidas pelo Ministério Público Federal. É investigado em processo por abuso de poder econômico movido pelo Ministério Público Eleitoral. É, ainda, alvo de representações no TRE-AP, movidas pelo Ministério Público Eleitoral.

Wladimir Costa SD-PA - É réu em ação penal sobre peculato, movida pelo Ministério Público Federal. Corre sob segredo de justiça. Responde a processo por crimes de captação ou gasto ilícito de recursos financeiros em sua campanha eleitoral de 2014.

Alex Canziani PTB-PR - É réu em ação civil pública por improbidade administrativa com dano ao erário movida pelo Ministério Público do Paraná. Teve decretada a indisponibilidade de seus bens e a quebra de sigilo bancário.

Alfredo Kaefer PSL-PR - É réu em ação penal por crimes contra o sistema financeiro nacional e formação de quadrilha. De acordo com a denúncia, o parlamentar, quando ocupava o cargo de presidente-diretor do Conselho de Administração da SUL Financeira, autorizou a emissão de cartas-fiança sem consultar os registros contábeis, configurando gestão fraudulenta. Teria ainda realizado operações de desconto de títulos e firmado empréstimo com sua própria empresa, Diplomata Industrial e Comercial LTDA, o que corresponde à prática de empréstimo vedado. A ação está em segredo de justiça. É alvo de inquérito que apura crime contra o patrimônio público. É alvo de inquérito que apura crimes contra a ordem tributária.

Dilceu Sperafico PP-PR - É alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras. Em delação premiada, o doleiro Alberto Youssef disse que Dilceu teria sido um dos beneficiários da “cota” do PP, paga com propinas de empreiteiras. É investigado em inquéritos movidos pelo Ministério Público Federal por crimes contra a administração pública e peculato. É alvo de representação por conduta vedada a agente público movida pelo Ministério Público Eleitoral.

Fernando Francischini SD-PR - É alvo de ação movida pela Defensoria Pública do Paraná. É alvo de ação civil de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público.

Giacobo PR-PR - Foi réu em ação penal por cárcere privado e sequestro contra o gerente de uma propriedade rural vendida ao deputado mas conseguiu a suspensão do julgamento e o crime se prescreveu.

Leopoldo Meyer PSB-PR - Foi condenado a pagamento de multa devido à contratação de empresa sem prévia licitação, enquanto prefeito de São José dos Pinhais. Recorreu da decisão, que foi mantida. Foi responsabilizado por conduta vedada a agentes públicos por veiculação de propaganda institucional irregular. A Justiça determinou o pagamento de multa de R$ 15.960.

Luiz Nishimori PR-PR - É alvo de inquérito referente a crimes de estelionato majorado, formação de quadrilha e crimes contra a fé pública. A ação segue em segredo de justiça.

Marcelo Belinati PP-PR - É alvo de inquérito que apura suposto uso ilegal, na propaganda eleitoral, de símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de economia mista, quando o investigado era candidato à prefeitura de Londrina (PR).

Nelson Meurer PP-PR - É alvo de inquéritos abertos com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investigam esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.

Nelson Padovani PSDB-PR - Teve rejeitadas as contas eleitorais referentes à candidatura de 2014. O parlamentar recorre.

Ricardo Barros PP-PR - Foi condenado por fraude em venda de equipamentos da Prefeitura de Maringá, referente ao período que governou o município. Embora o negócio tenha sido fechado com o município de Luiziana, o comprador final foi um dos membros da comissão avaliadora dos equipamentos. A condenação foi mantida em segunda instância. Condenado em segunda instância por danos causados aos cofres públicos em função de isenções tributárias ilegais que concedeu quando prefeito de Maringá. A Justiça determinou o ressarcimento do erário. O parlamentar interpôs recurso, mas a decisão foi mantida. O parlamentar é investigado por corrupção passiva, peculato e fraude em licitação para contratação de serviços publicitários para a Prefeitura de Maringá em favor da empresa Meta Propaganda. O processo corre sob segredo de justiça.

Rubens Bueno PPS-PR - As contas do PPS de Carlópolis (PR) e de Chopinzinho (PR) relativas ao ano de 2014 não foram prestadas, como exige a Justiça Eleitoral. Foi determinada a suspensão de repasses do Fundo Partidário, bem como a devolução de repasses cujas contas não foram prestadas e a suspensão do registro do órgão regional do partido, do qual o parlamentar é presidente.

Sergio Souza PMDB-PR - É réu em ação civil de improbidade administrativa com dano ao erário, movida pelo Ministério Público Estadual, referente a irregularidades e fraudes em licitação.

Takayama PSC-PR - É réu em ação penal que investiga crimes contra a ordem tributária, estelionato e peculato. É acusado de desviar verbas públicas por meio de provimentos irregulares em cargos de comissões. É réu em ação civil de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual e pelo Estado do Paraná.

Toninho Wandscheer PROS-PR - Foi multado por conduta vedada a agente público pela prática de propaganda institucional com dinheiro público. É réu em ações civis públicas por improbidade administrativa (dano ao erário) abertas com a Operação Sanguessuga da Polícia Federal, que desmontou esquema de desvio de verbas públicas da União. O ex-prefeito é acusado de irregularidades em convênio para compra de ambulância para o município Fazenda Rio Grande. Foi condenado à suspensão dos direitos políticos por cinco anos, ao pagamento de multa civil equivalente a 20 vezes o montante da atual remuneração do prefeito de Fazenda Rio Grande, e à proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de três anos. É réu em ação civil pública por ato de improbidade administrativa movida pelo município de Fazenda Rio Grande. O ex-prefeito é acusado de cometer irregularidades ao aprovar decreto de loteamento imobiliário que o beneficiaria direta ou indiretamente por ser sócio da empresa loteadora. O processo segue em segredo de justiça.

Carlos Marun PMDB-MS - Teve as contas relativas à campanha de 2002 rejeitadas pela Justiça Eleitoral de Mato Grosso do Sul. É réu em ação civil de improbidade administrativa com dano ao erário.

Geraldo Resende PMDB-MS - O partido PPS teve desaprovada a prestação de contas referente ao ano de 2005 quando era presidente do partido. Teve declarada irregular a execução financeira em sua gestão enquanto secretário da Saúde. É alvo de inquérito que apura corrupção passiva.

Mandetta DEM-MS - É alvo de inquérito que apura crime da Lei de Licitações e tráfico de influência. É alvo de ações civis de improbidade administrativa com dano ao erário na Justiça Federal, ajuizadas pelo MPF.

Alfredo Nascimento PR-AM - Foi condenado com seu então secretário de Administração por improbidade administrativa praticada durante sua gestão como prefeito de Manaus no exercício de 1997 a 2003 foram contratadas mais de 14 mil pessoas para cargos nas secretarias municipais sem concurso público. A Justiça determinou a suspensão dos direitos políticos do parlamentar por cinco anos, a proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, direta ou indiretamente, pelo prazo de três anos, o pagamento de multa em dez vezes o valor da remuneração recebida nos cargos que ocupavam à época dos fatos, e o pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 80 mil. O parlamentar recorre em segunda instância. O TCU determinou a devolução de montante referente a pagamentos irregulares realizados a servidores da Suframa a título de indenização trabalhista. É alvo de inquérito que apura a prática de crimes contra a administração pública. De acordo com a denúncia, o parlamentar teria liberado verbas públicas, no período em que era ministro dos transportes, que foram repassadas ao seu filho, Gustavo Morais, por intermédio de empresa SC Transportes e Navegação Ltda. É réu em ação penal por crime de falsidade ideológica. De acordo com a denúncia, o parlamentar inseriu informações falsas em prestação de contas eleitoral em 2006 para justificar despesas de R$ 15 mil com banners, minidoors e cartazes. É alvo de inquérito que apura crimes contra a administração pública, relacionados a irregularidades na contratação de empresas para execução de obras, durante o período em que o parlamentar foi ministro dos transportes. De acordo com a denúncia apresentada pelo Procurador Geral da República, perduram indícios que duas empresas, que seriam "de fachada" e estariam de conluio, foram contratadas irregularmente por agências do Ministério dos Transportes. A denúncia também aduz que há indícios que eram permitidos desvio de recursos públicos e fraudes a licitações no âmbito do Ministério dos Transportes e órgãos a ele ligados, em troca de pagamento de propina a dirigentes e integrantes do PR, presidido por Alfredo Nascimento. É alvo de ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público.

Marcos Rotta PMDB-AM - É alvo de ação civil de improbidade administrativa com dano ao erário.

Lucio Mosquini PMDB-RO - É alvo de inquérito que apura a prática dos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A denúncia relatou indícios, apurados pela Operação Ludus, de superfaturamento, direcionamento, fraude e desvio de recursos públicos na licitação e execução das obras públicas, estimadas ao custo de mais de R$ 22 milhões. O parlamentar chegou a ser preso preventivamente no curso da operação, por determinação do TJ-RO. Contudo, o STJ concedeu o habeas corpus aos acusados.

Nilton Capixaba PTB-RO - Diretório estadual do PTB teve as contas reprovadas referente ao exercício de 2009, quando o parlamentar era presidente. Acusado de envolvimento com a Máfia das Ambulâncias, é réu em ação penal movida pelo Ministério Público Federal por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. É réu em ação penal movida pelo Ministério Público Federal, referente a prática de crimes da Lei de Licitações. É alvo de ação de improbidade administrativa (violação aos princípios administrativos) movida pelo MPF por envolvimento com a máfia das ambulâncias.

Giuseppe Vecci PSDB-GO - O tribunal desaprovou as contas da campanha eleitoral de 2014 prestadas pelo parlamentar e determinou, em um primeiro momento, que o parlamentar depositasse R$ 100.000,00 na conta bancária do PSDB e pagasse multa de R$ 1.274.650,00. Após interposto recurso, o tribunal excluiu apenas a determinação do pagamento de multa. O parlamentar recorre da decisão que desaprovou sua prestação de contas.

Heuler Cruvinel PSD-GO
- É alvo de representação proposta pelo Ministério Público Federal por abuso de poder e captação ilícita de sufrágio.

Jovair Arantes PTB-GO - Teve rejeitada a prestação de contas referente às eleições de 2006. Mantida a decisão que reprovou a sua prestação de contas da campanha de 2012. É alvo de ação movida pelo Ministério Público Federal referente a crimes de improbidade administrativa.

Magda Mofatto PR-GO - Teve o mandato de prefeita cassado em 2007 por captação de sufrágio e abusos de poder político e econômico nas eleições de 2004. É alvo de ações civis públicas, inclusive de improbidade administrativa, movidas pelo Ministério Público Estadual.

Roberto Balestra PP-GO - Teve rejeitada prestação de contas referente às eleições de 2006. O parlamentar entrou com recurso, mas decisão foi mantida. É alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras. É alvo de inquérito que envolve quebra de sigilo bancário, movido pelo Ministério Público Federal. O processo tramita sob segredo de Justiça.

Roberto Balestra PP-GO - Teve rejeitada prestação de contas referente às eleições de 2006. O parlamentar entrou com recurso, mas decisão foi mantida. É alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras. É alvo de inquérito que envolve quebra de sigilo bancário, movido pelo Ministério Público Federal. O processo tramita sob segredo de Justiça.

Alberto Fraga DEM-DF - Foi condenado por porte ilegal de arma de fogo. Justiça determinou pena de quatro anos de reclusão em regime aberto. Teve reprovada a prestação de contas referente a sua campanha eleitoral ao cargo de senador em 2010. É alvo de ação civil de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal. A ação pede a devolução de pagamento irregular de trabalhadora doméstica que constava como secretária parlamentar na folha de pagamento de seu gabinete. É réu em ação penal por peculato e falsidade ideológica, movida pelo Ministério Público Federal. É alvo de inquérito referente a crime de concussão. A denúncia foi recebida, por unanimidade. É alvo de dois inquéritos no STF que investigam crimes da Lei de Licitações.

Augusto Carvalho SD-DF - Condenado por improbidade administrativa pela contratação sem licitação prévia da Real Sociedade Espanhola de Beneficência para a administração do Hospital Santa Maria. A Justiça determinou a perda da sua função pública, o pagamento da multa civil fixada em cem vezes o valor da remuneração e a suspensão dos direitos políticos por oito anos. Teve rejeitada a prestação de contas referente às eleições de 1998. É alvo de inquérito que apura crimes da Lei de Licitações e peculato.

Flaviano Melo PMDB-AC - É réu em ação penal movida pelo Ministério Público Federal por peculato e crimes contra o sistema financeiro nacional. É réu em ação civil de improbidade administrativa com dano ao erário e possível enriquecimento ilícito. O parlamentar teria participado de um conluio entre funcionários do alto escalão do Estado do Acre, serventuários da justiça estadual, empresários locais e servidores do Banco do Brasil para desviar, a contas-fantasma, verbas públicas do Fundo de Participação do Estado e da Serventia Única de Títulos e Protestos da Comarca de Rio Branco. Foi responsabilizado por omissão de prestação de contas referente a dinheiro recebido do Fundo Especial para Calamidades Públicas.

Carlos Henrique Gaguim PTN-TO - Foi condenado à pena de inelegibilidade por 8 anos, a partir do pleito de 2010. De acordo com a denúncia, o parlamentar utilizou-se indevidamente do Instituto de Radiodifusão Educativa - Redesat para fazer propaganda a favor de si e contrária ao candidato adversário, valendo-se de ascendência detida no meio de comunicação por ser Governador do Estado e agindo com abuso de poder político. Foi condenado por abuso de poder e conduta vedada à agente público. De acordo com a denúncia, Carlos Henrique Amorim utilizou do cargo público de governador para se auto-promover visando à reeleição, o que configurou abuso de poder político e propaganda antecipada. O parlamentar teve propaganda em benefício próprio veiculada sob pretexto de propaganda institucional, prometeu benfeitorias e doou bens em caravana de propaganda governamental de caráter eleitoreiro, doou bicicletas por empresa particular à fundação Pioneiros Mirins em troca de apoio nas urnas, promoveu carreata de Policiais Militares no dia da convenção de seu partido, veiculou, em jornal de grande circulação, nota denegrindo o candidato adversário, paga com dinheiro público, teve gastos extrapolantes com propaganda, entre outras práticas abusivas. É réu em ações por improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público na Justiça estadual.

Alex Manente PPS-SP - É alvo de inquérito que apura a prática de crimes eleitorais. É alvo de ação por improbidade administrativa e dano ao erário movida pelo Ministério Público.

Beto Mansur PRB-SP - Foi condenado em primeira instância pelas condições de trabalho degradantes, análogas à de escravo, a que os trabalhadores empregados em suas fazendas eram submetidos. Teve que pagar indenização de R$ 200 mil por danos morais coletivos. Foi condenado em ação civil pública por improbidade administrativa/violação aos princípios administrativos ao ressarcimento ao erário e a pagamento de multa. Foi condenado a ressarcir os cofres públicos por contrato de fornecimento de cestas básicas firmado com dispensa irregular de licitação pelo município de Santos. Foi condenado a pagamento de indenização por danos morais e materiais por omissão relativa à segurança do trabalho, juntamente com o Partido Progressista (PP). É alvo de representação movida pela Procuradoria Regional Eleitoral por captação ou gasto ilícito de recursos financeiros nas eleições de 2014. É alvo de inquérito que apura crimes de responsabilidade, referentes à sua gestão de prefeito em Santos (SP). TJ-SP - Comarca de Barra Bonita. É alvo de ação civil pública por dano ambiental movida pelo Ministério Público Estadual. O TCE reprovou contas e apontou irregularidades em processos licitatórios, contratos e contratações na gestão à frente da prefeitura.

Bruna Furlan PSDB-SP - Foi condenada por improbidade administrativa a pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público por três anos. A Justiça considerou procedente a acusação de promoção pessoal e propaganda da pré-candidatura de Carlos Zicardi (PMDB) a prefeito em 2012 nos eventos “Agitaí”, entrega de kits esportivos no ginásio José Corrêa e programa “Nosso Abraço”, evento comemorativo de 100 anos da Assembléia de Deus no Brasil no município de Barueri em 2011.

Carlos Sampaio PSDB-SP - Teve reprovada a prestação de contas referente às eleições de 1998. É alvo de investigação por abuso de poder político.

Eduardo Cury PSDB-SP - Foi mantida decisão que desaprovou a prestação de contas de sua campanha eleitoral de 2004. O Tribunal de Contas Estadual detectou diversas irregularidades durante a sua gestão como prefeito de São José dos Campos, por exemplo. Foi multado por irregularidades em concorrência e contrato realizados durante a sua gestão como prefeito de São José dos Campos. Em apelação à decisão da primeira instância que julgara improcedente o pedido da Ação Popular nº 0288044-56.2005.8.26.0577, o Tribunal de Justiça condenou Eduardo Cury e a empresa Página Comunicação Ltda a devolverem aos cofres públicos o montante gasto pela Prefeitura de São José dos Campos para propaganda que promoveu ilegalmente o parlamentar. Além disso, a contratação da empresa julgada ilegal e anulada pelo tribunal.

Jefferson Campos PSD-SP - É alvo de ações civis de improbidade administrativa por dano ao erário movidas pelo MPF por envolvimento com a máfia das ambulâncias.

Marcelo Squassoni PRB-SP - Foi condenado por improbidade administrativa por uso da máquina pública para favorecimento pessoal devido à expedição irregular de certidão negativa de débito não condizente ao valor real do imóvel. Justiça determinou ressarcimento integral do dano correspondente e a pagamento de multa civil. É alvo de inquérito sobre crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, no período em que chefiou a gerência regional do Patrimônio da União em São Paulo. É alvo de ação civil de improbidade administrativa com dano ao erário, movida pelo Ministério Público Estadual.

Marcio Alvino PR-SP - É reu em outra ação civil pública referente a crimes contra o meio ambiente, na condição de representante do município de Guararema, do qual foi prefeito.

Miguel Haddad PSDB-SP - Foi condenado em ação popular a ressarcir os cofres públicos municipais em decorrência de contrato firmado ilegalmente e sem licitação.

Silvio Torres PSDB-SP - O parlamentar teve reprovada as contas referentes às eleições de 2002. Ele recorreu da decisão no próprio TRE, mas ela foi mantida.

Hildo Rocha PMDB-MA - O parlamentar figura como réu em ações civis públicas por improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público Estadual, por ter contratado funcionário sem concurso público quando prefeito de Cantanhede (MA).

Juscelino Filho DEM-MA - É réu em ação de impugnação de mandato eletivo, ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral. O processo corre em segredo de justiça.

Danilo Forte PSB-CE - É alvo de inquérito que investiga violações de direito e processo eleitoral. É alvo de ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público Federal.

Genecias Noronha SD-CE - Condenado em segunda instância por improbidade administrativa com dano ao erário. O parlamentar realizou uma doação irregular de imóvel público para servir a interesses privados. A Justiça o condenou ao pagamento de multa no valor do imóvel doado.

Cristiane Brasil PTB-RJ - É alvo de inquérito referente a crime de boca de urna. A parlamentar chegou a ser detida em flagrante praticando boca de urna durante as eleições de 2014.

Felipe Bornier PROS-RJ - É alvo investigação por uso indevido de meios de comunicação nas eleições de 2014 movida pelo Ministério Público Eleitoral. Tribunal investiga a promoção excessiva de sua candidatura nos jornais Dia a Dia e ABC Diário.

Francisco Floriano DEM-RJ - É alvo de ação de investigação judicial eleitoral por abuso de poder econômico e por uso da igreja Mundial do Poder de Deus em Volta Redonda (RJ) para promover sua candidatura. Ação pede inelegibilidade e cassação de mandato do parlamentar.

Hugo Leal PSB-RJ - Foi condenado à suspensão dos direitos políticos por oito anos, ao pagamento de multa cem vezes o valor da remuneração que recebia à época dos fatos e à proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios, incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de cinco anos. O processo se refere a violações aos princípios administrativos pela sua participação no esquema das ONGs de irregularidades licitatórias, no período em que foi presidente do DETRAN/RJ. É alvo de ações por improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público.

Marcos Soares DEM-RJ - Teve reprovada a prestação de contas de 2014 para deputado federal por diversas falhas e omissões nas contas da campanha.

Washington Reis PMDB-RJ - O TCE-RJ detectou irregularidades em contratos e contas referentes à administração financeira da prefeitura de Duque de Caxias, sob sua responsabilidade.

Marcus Vicente PP-ES - O PTB-ES teve as contas anuais do partido desaprovadas referentes ao exercício financeiro dos anos de 2005 e 2006, quando o parlamentar presidia a sigla. É alvo de representação movida pelo Ministério Público Eleitoral do Espírito Santo por captação ou gasto ilícito de recursos financeiros de campanha eleitoral. É réu em ação penal. A Justiça estadual declarou-se incompetente e a ação foi remetida ao Supremo Tribunal Federal, em virtude da prerrogativa de função do deputado.

Max Filho PSDB-ES - Teve reprovada prestação de contas referente à campanha eleitoral de 2010 por gasto com combustível em veículos não declarados na campanha. TCE-ES apontou irregularidades na gestão da prefeitura de Vila Velha, quando foi prefeito.

Sergio Vidigal PDT-ES - É réu em ação penal movida pelo Ministério Público Federal, referente a crimes contra o meio ambiente. É alvo de ações civis públicas, movidas pelo Ministério Público Estadual.

Iracema Portella PP-PI - É investigada por abuso de poder econômico em ação movida pelo Ministério Público Eleitoral. A deputada e seu marido, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), são alvo de inquérito que apura crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores, tráfico de influência e formação de quadrilha ou bando. É ré em ação civil por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal, conjuntamente com o seu marido e senador Ciro Nogueira (PP-PI), por promoção pessoal e propaganda eleitoral realizada com dinheiro público.

Bilac Pinto PR-MG - É investigado em inquérito que apura corrupção eleitoral e transporte ilegal de eleitores.

Caio Narcio PSDB-MG - Foi condenado ao pagamento de multa em representação de conduta vedada a agente público, movida pelo Ministério Público Eleitoral. O parlamentar e os demais réus teriam utilizado um veículo pertencente à Prefeitura para transportar bebidas ao evento de inauguração de uma ponte no município de Coromandel. Também realizaram, durante o evento público, propaganda política em favor de Caio Nárcio.

Carlos Melles DEM-MG - Foi condenado por improbidade administrativa em ação movida pelo Ministério Público por usar propaganda oficial para fins políticos pessoais. Recorreu da condenação, que foi mantida, mas conseguiu reverter a suspensão de direitos políticos e perda do mandato, mantendo somente a pena de pagamento de multa. Foi condenado no TSE a inelegibilidade por três anos, a partir de 2006, por uso indevido dos meios de comunicação social.

Delegado Edson Moreira PR-MG - É réu em ação penal por peculato movida pelo Ministério Público Federal. É alvo de inquérito que apura o crime de ameaça.

Diego Andrade PSD-MG - Na condição de presidente do diretório estadual mineiro do PSD, o parlamentar figura como parte em processos nos municípios de Taiobebeiras, onde a legenda não prestou as contas anuais de 2013 e 2014, e em Barra Longa, onde ocorreu o mesmo em relação ao exercício de 2014. A Justiça Eleitoral condenou o diretório municipal à suspensão do repasse de novas cotas do fundo partidário, enquanto a situação não estiver regularizada.

Eduardo Barbosa PSDB-MG - É alvo de inquérito movido pelo Ministério Público Federal por peculato. O processo está sob segredo de justiça.

Franklin Lima PP-MG - Foi condenado a inelegibilidade pelo período de 8 anos após as eleições de 2014. Em evento religioso realizado pela Igreja Mundial do Reino de Deus, com cerca de cinco mil participantes e ocorrido no dia anterior à eleição, o pastor Valdemiro Santiago promoveu as candidaturas de Pastor Franklin, candidato à deputado federal, e do então candidato à deputado estadual Missionário Márcio Santiago (PTB-MG), chegando a pedir explicitamente que seus fiéis votassem nos candidatos. A justiça eleitoral entendeu se tratar de abuso de poder econômico mediante o abuso do poder de autoridade religiosa ou do poder religioso, e decidiu pela inelegibilidade dos réus e pela cassação do mandato de deputado estadual de Missionário Márcio.

Lincoln Portela PRB-MG - É alvo de inquérito que apura crimes previstos na lei de licitações. É alvo de ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal e pela União.

Luiz Fernando Faria PP-MG - É alvo de inquéritos abertos com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investigam esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.

Marcos Montes PSD-MG - Condenado em ação civil de improbidade administrativa. A Justiça determinou suspensão dos direitos políticos por oito anos, ressarcimento ao erário e pagamento de multa. Foram constatadas irregularidades em contratação sem licitação da empresa Agência de Desenvolvimento Sustentável do Brasil Central.

Marcus Pestana PSDB-MG - Na condição de presidente do diretório estadual mineiro do PSDB, o parlamentar figura como parte em processos nos municípios de Prados, Cipotânea e São Gonçalo do Rio Abaixo, nos quais a legenda não prestou as contas anuais do exercício financeiro de 2014. A Justiça Eleitoral condenou os diretórios municipais à suspensão do repasse de novas cotas do fundo partidário, enquanto a situação não estiver regularizada.

Raquel Muniz PSD-MG - É alvo de ação por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito movida pela União Federal. A parlamentar e seu marido são réus em ação por improbidade administrativa com dano ao erário, referente a mau uso de verbas públicas destinadas a uma de suas empresas, a FUNORTE. parlamentar e seu marido são investigados por abuso de poder político e de autoridade. Ministério Público investiga esquema de favorecimento da candidatura da parlamentar com concessão de gratificações a servidores públicos na prefeitura governada pelo marido.

Subtenente Gonzaga PDT-MG - Foi condenado por crime cometidos contra o sistema financeiro nacional à pena de um ano de reclusão, substituída por prestação de serviços à comunidade. Na época em que era diretor da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores Militares, Polícia Civil e Secretaria de Educação de Minas Gerais, teria utilizado dados de vários cooperados, violando sigilos bancários, com o intuito de suspender as eleições do conselho de administração da cooperativa. Após a condenação, foi declarada a extinção de sua punibilidade. É réu em ação penal por crimes contra o sistema financeiro nacional.

Aguinaldo Ribeiro PP-PB - É alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.

Wellington Roberto PR-PB - É réu em ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal.

Augusto Coutinho SD-PE - É réu em ação penal sobre crimes contra o meio ambiente e o patrimônio genético. É alvo de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal por construções irregulares e degradação ambiental.

Betinho Gomes PSDB-PE - É alvo de inquérito, ajuizado pelo Ministério Público Federal, que investiga crimes eleitorais.

Eduardo da Fonte PP-PE - É alvo de inquéritos abertos com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investigam esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras. Por determinação do STF, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do parlamentar.

Marinaldo Rosendo PSB-PE - Prestações de contas do município de Timbaúba, do período em que o parlamentar era prefeito, foram julgadas irregulares. É réu em ação civil de improbidade administrativa por uso irregular dos recursos do FUNDEB destinados aos programas Brasil Escolarizado e Estatísticas e Avaliações Educacionais.

Arthur Oliveira Maia PPS-BA - É réu em ação movida pelo município de Bom Jesus da Lapa. É alvo de inquérito que apura peculato e lavagem de dinheiro.

Lucio Vieira Lima PMDB-BA - O PMDB na Bahia teve reprovada a prestação de contas referente ao exercício de 2007, quando o parlamentar presidia o partido no estado.

Ronaldo Carletto PP-BA - Alvo de inquéritos no STF por peculato, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional.

Tia Eron PRB-BA - É ré em ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público.

Adelson Barreto PTB-BA - É alvo de representação movida pelo Ministério Público Eleitoral por conduta vedada a agente público, com pedido de aplicação de multa e de cassação de diploma. É alvo de ação civil de improbidade administrativa com dano ao erário e enriquecimento ilícito, movida pelo Ministério Público do Estado de Sergipe. Em decisão liminar, foi decretada a indisponibilidade de bens do deputado, no montante de R$ 400 mil.

Andre Moura PSC-SE - Foi responsabilizado por fraude em licitações, fracionamento de despesas e inscrição irregular de beneficiários no programa Bolsa Família. Foram encontradas irregularidades na aplicação de recursos do Fundo Nacional de Saúde recebidos pelo Município de Pirambu. O parlamentar foi multado por irregularidades envolvendo recursos financeiros transferidos ao município de Pirambu/SE destinados ao Programa de Epidemiologia e Controle de Doenças - ECD e Programa de Agentes Comunitários (PACS-MS), durante a sua gestão como prefeito. Foi multado por irregularidades na contratação de agentes comunitários de saúde pela prefeitura de Pirambu durante a sua gestão como prefeito do município. É réu em três ações penais (969, 973 e 974) no STF que envolvem crimes conexos - apropriação, desvio ou utilização de bens públicos do Município de Pirambu (SE), em que o parlamentar é acusado de ter continuado a usufruir de bens e serviços custeados pela administração municipal, na gestão do prefeito Juarez Batista dos Santos, posterior à sua, de 2005 a 2007. De acordo com depoimento prestado por Juarez Batista dos Santos, André Moura o pressionou com o intuito de manter o poder sobre a municipalidade, exigindo tais benefícios. O depoente ainda relatou que, em virtude das campanhas eleitorais de 2006, as exigências ilícitas de André Moura se agravaram e, não conseguindo atender às demandas, Juarez Batista dos Santos foi alvo de ameaças que culminaram com troca de tiros que feriram o vigilante de sua casa, disparados por quatro homens encapuzados. Referente a este episódio, foi aberto inquérito (3905) em que André Moura figura como alvo por tentativa de homicídio.

Jony Marcos PRB-SE - A Justiça Eleitoral desaprovou e impugnou a prestação de contas de sua campanha eleitoral de 2014.

Arthur Lira PP-AL - É alvo de inquérito que apura corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Processo corre sob segredo de justiça. É alvo de inquéritos abertos com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investigam esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras. Acusado de participação em esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa, é alvo de ação civil pública movida pelo MPE. MONITORAR.

Ronaldo Lessa PDT-AL - Foi condenado à pena de oito meses de reclusão, convertida em prestação de serviços à comunidade, e ao pagamento de multa por calúnia eleitoral. Conforme consta nos autos, em outubro de 2010, o comitê de campanha do PDT foi arrombado e, na ocasião, foram furtados do local dois computadores. Ronaldo Lessa, então candidato ao cargo de governador de Alagoas, teria afirmado, sem qualquer prova, que o maior suspeito do crime era o governo, referindo-se ao então governador e candidato a reeleição, Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL), em entrevista divulgada no jornal Gazeta de Alagoas, de acordo com a denúncia. O tribunal considerou que houve dolo na intenção de ofender a honra do adversário em disputa eleitoral. Condenado por peculato e crimes contra a administração pública a 13 anos de prisão e pagamento de multa. O caso envolve superfaturamento de obras e desvio de mais de R$ 5 milhões que deveriam ser destinados a obras para saneamento e contenção de enchentes em Alagoas. Condenado em segunda instância por improbidade administrativa com dano ao erário devido a irregularidades em dispensa de licitação, liberação e empenho de verba durante seu governo. O Tribunal determinou aplicação de multa civil e ressarcimento solidário de R$ 230 mil. Condenado em ação civil pública de improbidade administrativa em função de má administração e desvio de finalidade de R$ 50 milhões do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza. A Justiça determinou a perda da função pública, a suspensão de seus direitos políticos por três anos e a aplicação de multa.





Eu me orgulho de minhas derrotas (Por Darcy Ribeiro)

“Fracassei em tudo o que tentei na vida.

Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui.


Tentei salvar os índios, não consegui.

Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.

Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.

Mas os fracassos são minhas vitórias.

Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu.”

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Porque o Brasil não vai pra frente? (Por Thiago Muniz)

"Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca."

(Darcy Ribeiro)

Uma nação onde os filhos são descendentes de escravos, eles levam na alma o pendor do senhor de engenho.

Os militares em 64 foram instrumento de uma classe dominante que literalmente defeca o seu preconceito nas classes menos favorecidas, ou seja, não queriam perder o filé mignon.

A postura do brasileiro comum é ser perverso, na maioria das vezes consigo mesmo.

Não há lugar melhor para se vier do que o Brasil, porém há uma classe dominante ruim de espírito e pervertida, ranzinza, medíocre e preguiçosa, que não deixa o Brasil ir para frente.

Essa classe dominante eu falo das grandes Famílias Brasileiras, as oligarquias dos Estados, aqueles que de alguma maneira influenciam os rumos de seus estados e paralelamente nos rumos do Brasil. Famílias que estão na política, na mídia e na economia, se inserem feito ratos comendo o queijo e sempre fogem da ratoeira da justiça, pois possuem o famoso "Foro Privilegiado" e saem impunes de suas sujeiras.

E é lamentável que nenhum governo no Brasil, nenhum está ou foi imune / isento (a) dessa classe dominante.

Quando implantaram os Centros Integrados de Educação Pública, os chamados CIEPs, muitos criticaram o projeto do Darcy Ribeiro pois "custava caro, era demagogo, populista, coisa de socialista e até comunista". Isso foi a mais de trinta anos. Seus sucessores desmontaram o projeto e hoje estamos pagando muito mais caro por não ter sido proporcionado um direito que todo cidadão tem que é o acesso à educação de qualidade. E pelo andar da carruagem, não há perspectivas de se reverter esse processo. Então daqui a trinta anos, continuaremos com a base da pirâmide... ocupando a mesma posição. Isso sem falar no projeto anterior de Anísio Teixeira, que tbém não foi levado adiante por governos digamos... "sem visão".

Lembrando que as classes dominantes não são só os "Governos" mas principalmente uma Elite que hoje se sente ferida, uma aristocracia falida que segue achando que ainda é aristocracia e que quer se sobrepor aos outros brasileiros. O Brasil continua sendo e parece-me que sempre será, uma Sociedade de Status e não de Méritos.

Impeachment é mentira das elites dominantes que foi adotada pela classe média, iludida em pensar ser uma classe dominante, o que não é de fato.

Criou-se no Brasil uma ideia, que é muito falsa, a partir de uma espécie de complexo de inferioridade entre nós, de que o brasileiro é potencialmente corrupto. Como se não houvesse jeitinho nos Estados Unidos, como se você sendo sobrinho de um senador lá sua vida não estivesse resolvida. A última crise dos EUA mostrou que havia maquiagem de balanço de empresas, houve mentiras, fraudes. A corrupção é um dado do capitalismo, do mercado. E não só do Brasil.

Há dois ou três anos, corrupção era aquilo cometido por agentes do Estado. A lei é feita pelos mais ricos, Foucault dizia que, a partir do momento em que o capitalismo se instala, o crime passa a ser algo cometido pelo pobre. É o cara que bate carteira, rouba galinha do vizinho, mas se você acaba com a economia de um país inteiro, como aconteceu com Argentina, Tailândia, Malásia e quase aconteceu com o Brasil, esse cara ganha uma capa na Time como um grande financista. Mas se pensarmos bem, com a nossa cabeça e não da mídia, quem é o grande criminoso, o corrupto? A ideia de que a corrupção acontece no Estado é para nos fazer de tolos. Você diz que ela é feita no Estado e as pessoas prestam atenção só no Estado, especialmente quando está sendo ocupado por partidos de esquerda. Foi só aí que virou problema para nós. Getúlio, em 1954, Jango (João Goulart), em 1964 e Lula e Dilma agora. Isso não é acaso. O único ponto fora de curva foi Fernando Collor de Mello que conseguiu em 24 horas colocar toda a sociedade contra ele ao confiscar a poupança.

A crise econômica foi produzida politicamente. E, obviamente, os empresários estão agindo juntos porque não estão investindo. Esse pessoal conversa entre si e trama entre si, há uma estratégia de classe para tirar a esquerda do poder no país. Ganharam dinheiro, mas agora querem mais, porque agora tem menos recursos. Não vai ficar um programa social de pé, vai tudo para pagar juros, que é onde esse pessoal ganha dinheiro. O produto do trabalho de uma sociedade inteira vai direto para o bolso de meia dúzia de pessoas.

Enquanto não se investir em Educação de Base com Qualidade, o Brasil não irá para frente.




BIO

Thiago Muniz tem 33 anos, colunista dos blog "O Contemporâneo", do site Panorama Tricolor e do blog Eliane de Lacerda. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para:thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Pense no dia seguinte (Por Luiz Eduardo Soares)

Por que sou contra o impeachment?

Amigos, não tenho a intenção de demonizar ninguém que seja a favor do impeachment, tenho muitos amigos favoráveis e a maioria de meu partido prefere o impeachment.

Quero apenas compartilhar as razões pelas quais sou contra, razões que tenho repetido há meses, em textos e debates públicos. Aprovado o impeachment, no dia seguinte, a mídia vai clamar por uma trégua para que o novo presidente possa trabalhar em paz e para que a economia se reequilibre. 

O ministro Gilmar Mendes, novo presidente do TRE, vai empurrar com a barriga o processo contra a chapa Dilma-Temer, para não desestabilizar o novo governo. Dirá: “O Brasil não aguenta outra queda de presidente”. Editorialistas escreverão: “A economia não resistirá a uma nova perturbação da ordem. Deixem as eleições para 2018. Agora, todos devem dar uma trégua ao presidente Temer. Agora, vamos trabalhar para restabelecer a confiança e reerguer a economia”.

O ministro da Justiça será forte, fortíssimo, alguém com autoridade para segurar a polícia federal (e atenção, confio na integridade e independência da PF e do MP, mas sei quão poderosas podem ser as pressões e manipulações na contra-mão da vontade dos profissionais). 

Quem? Talvez um ex-ministro da Defesa e da Justiça, ex-presidente do Supremo. Este ministro forte agirá. A lava-jato, que é, não nos enganemos, a grande moeda política no Congresso, razão para que dezenas de suspeitos e investigados votem contra ou a favor do impeachment, a lava-jato vai sair das manchetes e escorregar para as páginas policiais. 

E boa parte da população, iludida, vai celebrar a derrota da corrupção, como se o PT fosse o único partido corrupto, como se Temer e o PMDB não fossem cúmplices do PT, como se esta gigantesca manobra de Cunha et caterva não tivesse como objetivo justamente neutralizar a lava-jato.

Quem for a favor do impeachment por acreditar que depois de derrubar Dilma o povo pressionará pelo impeachment de Temer, vive no mundo da lua. Quem for a favor, supondo que a lição será dada ao PT e logo depois ao PMDB, com a cassação da chapa no TSE, está inteiramente equivocado. Passando o impeachment, fecham-se as tampas para mais mudanças. 

O Brasil perderá a potência da lava-jato, esse fenômeno único e transformador em nossa história –independentemente de seus erros. Além disso, o país será submetido a um arrocho sem precedentes. Quem pagará o preço, mais uma vez, serão os mais pobres. O país trocará Dilma pelos direitos dos trabalhadores e pela oportunidade única em sua história de passar a limpo essa classe política degradada, em seu conjunto.

O único caminho promissor é o impeachment não ser aprovado, porque, no dia seguinte, todas as expectativas da sociedade se voltarão para o TSE e não haverá a possibilidade do engavetamento. A chapa Dilma-Temer será cassada e haverá novas eleições. As provas são cabais de que houve uso, na campanha, de recursos oriundos de corrupção. Quem cairá será a chapa Dilma-Temer, porque esses recursos não elegeram somente Dilma, elegeram também Michel Temer.

Portanto, se você quer novas eleições, quer a continuidade da lava-jato e quer um enfrentamento vigoroso, sem tréguas e profundo à corrupção, diga não ao impeachment. Se eu fosse deputado e tivesse a chance de votar, diria, apontando para Eduardo Cunha: “Considero o governo federal corrupto e abjeto, indefensável ética e politicamente, mas voto não ao impeachment porque não vou entregar meu país a Vossa Excelência e a seu grupo inqualificável (como deputado, estaria livre para aplicar os adjetivos apropriados), não vou entregar o Brasil a V.Exc, a Michel Temer, a Renan Calheiros. 

Os senhores são cúmplices, são a outra face da mesma moeda. Novas eleições, já. E se esta Casa tivesse vergonha, faria o impensável: renunciaria, coletivamente, para que as novas eleições fossem gerais. Como isso não vai acontecer, a Nação deve voltar os olhos para o TSE e cobrar decisão urgente.

Você, favorável ao impeachment, creia: provavelmente sou tão crítico ao PT quanto você, desde o desgoverno na economia à derrocada ambiental, do atoleiro político à degradação ética. Mas prezo a lava-jato e não sou ingênuo: não creio que os problemas do Brasil se resumam ao PT. Quem acreditar nisso está iludido e dará, involuntariamente, sobrevida à corrupção e às mazelas nacionais, na política.









Luiz Eduardo Soares é um antropólogo, cientista político e escritor brasileiro. Soares é um dos maiores especialistas em segurança pública do país.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Querem demonizar a Lei Rouanet (Por Thiago Muniz)

O mecanismo de incentivos fiscais da Lei Rouanet é uma forma de estimular o apoio da iniciativa privada ao setor cultural.

Ou seja, o Governo abre mão de parte dos impostos (que recebe de pessoas físicas ou jurídicas), para que esses valores sejam investidos em projetos culturais que ajudam a mudar e até transformar o cenário da comunidade.

O proponente (neste caso, a Fundação Cultural de Curitiba) apresenta uma proposta cultural ao Ministério da Cultura (MinC) e, depois de aprovada a proposta, o proponente é autorizado a captar recursos junto a pessoas físicas pagadoras de Imposto de Renda (IR), que apresentam declaração completa, ou empresas tributadas com base no lucro real visando a execução do projeto.

Os agentes incentivadores que apoiarem o projeto poderão ter o total do valor desembolsado deduzido do imposto devido (artigo 18), dentro dos percentuais permitidos pela legislação tributária.

Empresas, até 4% do imposto devido;

Pessoas físicas, até 6% do imposto devido.

O incentivo não altera o valor a pagar ou a restituir do seu Imposto de Renda, apenas redireciona parte do imposto para o projeto escolhido, contribuindo para a cultura e promovendo o desenvolvimento do cidadão.

Benefícios para quem apoia

Para as empresas:

  • possibilidade de agregar valor à marca por meio do apoio a uma iniciativa que valoriza a cultura na cidade, promove o desenvolvimento cultural e gera aproximação com a comunidade (mostrar-se realmente sustentável);
  • possibilidade de aproximar o relacionamento com clientes e atrair novos clientes por meio do vínculo da sua marca com projetos de valor;
  • projeção da marca da empresa nos materiais de divulgação dos projetos.

Para a pessoa física:

  • Protagonismo individual: o doador fazendo a diferença na prática, contribuindo para a disseminação da cultura e promovendo o fácil acesso à comunidade.
  • Custo zero: incentivos 100% dedutíveis do Imposto de Renda, dentro do limite de 6% do imposto devido.

Entenda a Lei Rouanet antes de passar vergonha fazendo certos comentários na internet

Desde 23 de dezembro de 1991, a produção cultural no Brasil ganhou um apoio fixo. É a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Nº 8.313), conhecida como Lei Rouanet, por causa do então ministro da Cultura Sérgio Paulo Rouanet.

É a lei que institui políticas públicas para a cultura nacional, como o PRONAC.

Para o artista ser beneficiado pela lei não depende de quem está no GOVERNO, como muitas pessoas fazem comentários na internet acusando artistas de serem “comprados” pela lei, é bom que fique claro.

Mesmo porque mesmo antes de um ou outro governo chegar ao poder, alguns artistas sempre expressaram suas posições políticas e não mudaram por causa de um ou outro presidente.

As diretrizes para a cultura nacional foram estabelecidas nos primeiros artigos, e sua base é a promoção, proteção e valorização das expressões culturais nacionais.

O mecanismo de incentivos fiscais da Lei Rouanet é uma forma de estimular o apoio da iniciativa privada ao setor cultural. Ou seja, o Governo abre mão de parte dos impostos (que recebe de pessoas físicas ou jurídicas), para que esses valores sejam investidos em projetos culturais que ajudam a mudar e até transformar o cenário da comunidade.

O proponente apresenta uma proposta cultural ao Ministério da Cultura e, depois de aprovada a proposta, o proponente é autorizado a captar recursos junto a pessoas físicas pagadoras de Imposto de Renda (IR), que apresentam declaração completa, ou empresas tributadas com base no lucro real visando a execução do projeto.

Os agentes incentivadores que apoiarem o projeto poderão ter o total do valor desembolsado deduzido do imposto devido (artigo 18), dentro dos percentuais permitidos pela legislação tributária.
Empresas, até 4% do imposto devido; Pessoas físicas, até 6% do imposto devido.

O incentivo não altera o valor a pagar ou a restituir do seu Imposto de Renda, apenas redireciona parte do imposto para o projeto escolhido, contribuindo para a cultura e promovendo o desenvolvimento do cidadão.

No entanto, há críticas à lei, segundo os críticos ao invés de investir diretamente em cultura, começou a deixar que as próprias empresas decidissem qual forma de cultura merecia ser patrocinada.

Os incentivos da União (governo) à cultura somam 310 milhões de reais: R$30 milhões para a Funarte e R$280 milhões para a Lei Rouanet.









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Thiago Muniz tem 33 anos, colunista dos blog "O Contemporâneo", do site Panorama Tricolor e do blog Eliane de Lacerda. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para:thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.


quinta-feira, 31 de março de 2016

Tchau Querida! (Por Rapha Ramirez)

As frases que estão na boca do povo no momento são: “ta tranquilo, tá favorável” ou “to chegando em, coisa louca em” e a que a Excelentíssima Senhora Presidente da República repete todos os dias, para ela mesmo acreditar: “não vai ter golpe”.

Fico cá perguntando com meus botões “ta tranquilo e ta favorável” pra quem? Alguns amigos podem dizer: para as oligarquias que dominam esse país desde que que a nau de Cabral aqui aportou, outros dirão para a mídia manipuladora e emburrecedora que manda no Brasil desde que Assis Chateaubriand pensou em trazer a televisão para o país e eu digo para vocês “não ta tranquilo e não ta favorável” para ninguém, o trabalhador a tempos vê a comida sumir do seu prato e a cesta básica encarecer, diferente do que a Presidenta disse na campanha não são só os banqueiros tiram a comida da boca do trabalhador, os políticos companheiros também, com cada caso de corrupção.

O Brasil a tempos parou economicamente e politicamente e sem perspectiva para voltar a caminhar.

Dilma quando diz que o impedimento de um presidente só pode existir se comprovadamente houver crime de responsabilidade tem razão, mas a Isto é listou apenas 7, vamos a eles:

1- CRIME DE RESPONSABILIDADE

1.1 - Obstrução da Justiça I

Diálogo Dilma/Lula e atos da nomeação
Em diálogo mantido entre a presidente e o antecessor na quarta-feira 16, Dilma disse a Lula que enviaria a ele um “termo de posse” de ministro para ser utilizado “em caso de necessidade”. A presidente trabalhava ali para impedir que Lula fosse preso antes de sua nomeação para a Casa Civil. Os atos seguintes corroborariam o desejo de Dilma de livrar Lula dos problemas com a Justiça. Enquanto o presidente do PT, Rui Falcão, informava que a posse de Lula só ocorreria na terça-feira 22, o Planalto mandava circular uma edição extra do Diário Oficial formalizando a nomeação.

1.2 - Obstrução da Justiça II

Nomeação do Ministro Navarro
O senador Delcídio do Amaral (MS) afirmou em delação premiada, revelada por ISTOÉ, que a presidente Dilma Rousseff, numa tentativa de deter a Lava Jato, o escalou para que ele fosse um dos responsáveis por articular a nomeação do ministro Marcelo Navarro Dantas, do STJ, em troca da soltura de presos da investigação policial.

1.3 - Obstrução da Justiça III

Compra do silêncio de Delcídio
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, foi escalado para tentar convencer o senador Delcídio a não fechar acordo de delação premiada com o Ministério Pública Federal, que chegou a insinuar ajuda financeira, caso fosse necessário.

1.4 - Obstrução da Justiça VI

Cinco ministros na mão
O senador Delcídio afirmou que Dilma costumava dizer que tinha cinco ministros no Supremo, numa referência ao lobby do governo nos tribunais superiores para barrar a Lava Jato.

1.5 - Enquadramento legal

Inciso 5 do Artigo 6º da Lei 1.079/1950:
Opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças.

2- CRIME DE DESOBEDIÊNCIA

2.1 - Nomeação de Lula no Diário Oficial

Apesar de decisão da Justiça Federal que sustava a nomeação do ex-presidente para a Casa Civil, Dilma fez o ato ser publicado no Diário Oficial da União.

2.2 - Enquadramento legal

Artigo 359 do Código Penal: Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial

3- EXTORSÃO

3.1 - Ameaças para doação de campanha

Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, afirmou ter pago propina à campanha presidencial em 2014 porque teria sido ameaçado pelo ministro Edinho Silva, então tesoureiro de Dilma, de ter obras canceladas com o governo. Há uma representação na PGR contra Dilma para apurar o possível achaque.

3.2 - Enquadramento legal

Artigo 158 do Código Penal: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa.

4- CRIME ELEITORAL

4.1 - Abuso de poder político e econômico na campanha de 2014

Dilma é acusada em ação no TSE de se valer do cargo para influenciar o eleitor, em detrimento da liberdade de voto, além da utilização de estruturas do governo, antes e durante a campanha, o que incluiria recursos desviados da Petrobras.

4.2 - Caixa 2

A Polícia Federal apontou no relatório de indiciamento do marqueteiro do PT João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, que o casal recebeu pelo menos R$ 21,5 milhões entre outubro de 2014 e maio de 2015 - período pós reeleição da presidente Dilma - do “departamento de propina” da Odebrecht. Isso reforça as suspeitas de caixa 2 na campanha, descrita no Código Eleitoral como “captação ilícita de recursos”.

4.3 - Enquadramento legal

Art. 237, do Código Eleitoral: A interferência do poder econômico e o desvio ou abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do voto, serão coibidos e punidos com cassação e ineligibilidade.

5- CRIME DE RESPONSABILIDADE FISCAL

5.1 - Pedaladas fiscais

A presidente Dilma incorreu nas chamadas “pedaladas fiscais”, a prática de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária. A manobra fiscal foi reprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

5.2 - Enquadramento legal

Inciso III do Art. 11 da Lei 1.079/1950: Contrair empréstimo, emitir moeda corrente ou apólices, ou efetuar operação de crédito sem autorização legal

5.3 - Decretos não numerados

A chefe do Executivo descumpriu a lei ao editar decretos liberando crédito extraordinário, em 2015, sem o aval do Congresso. Foram ao menos seis decretos enquadrados nessa situação.

5.4 - Enquadramento Legal

Inciso VI do Artigo 10 da Lei 1.079/1950: Ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou com inobservância de prescrição legal.

6- FALSIDADE IDEOLÓGICA

6.1 - Escondendo o rombo nas contas

Corre uma ação no TSE em que os partidos de oposição acusam acusa a presidente Dilma de esconder a situação real da economia do país, especialmente no ano eleitoral.

6.2 - Enquadramento legal

Art. 299 do Código Penal: Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.

7- IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

7.1 - Visita político-partidária

Dilma foi denunciada na Justiça por mobilizar todo um aparato de governo – avião, helicóptero, seguranças – para prestar solidariedade a Lula em São Bernard, um dia após o petista sofrer condução coercitiva para prestar depoimento à Polícia Federal no inquérito da Operação Lava Jato. O próprio ato de nomeação de Lula na Casa Civil pode ser enquadrado neste crime.

7.2 - Enquadramento legal

Art. 11 da Lei nº 8.429/1992: Constituti ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições.

Bem, nos calcanhares da Presidenta petista “vem chegando em” o final da linha, sem credibilidade, sem apoio político e com quase 70% da população contra o seu governo, dificilmente Dilma conseguira terminar o mandato, que foi conseguido com a propagação de mentiras e calunias contra adversários, ela mesmo disse que faria os diabos para ganhar a eleição, pois é fez, e acho eu que esqueceu de pagar a fatura.

Quanto ao golpe, não vei ter golpe, golpe em quem? De quem? Faz tempo que estamos a deriva sem governo, sem rumo.

Engrandeça a sua biografia Dilma, renuncie e devolva o Brasil para o trilhos e o abra novamente a sua lojinha de 1,99 que você quebrou, lembra? Senta em uma praça de Porto Alegre enquanto o seu netinho brinca no parquinho, você joga um dominó com as sua amigas.

Já deu né? Tchau Querida!








Rapha Ramirez tem 32 anos, é formado em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Apaixonado por política, já está escrevendo o seu primeiro livro e em breve se lançará como Escritor. Caso queiram entrar em contato com ele, basta seguirem o seu perfil no Twitter em @rapharamirez.

terça-feira, 29 de março de 2016

O golpe do PMDB tomou forma (Por Thiago Muniz)

"...E os ratos, como era previsto, caíram fora. Abandonaram não o navio, que já afundou há tempos, mas os outros ratos, que continuam agarrados a uma tábua aqui, uma bóia acolá, gritando esganiçados que não vai ter golpe." (Cora Ronai)

Que tragédia. O partido mais oportunista da história do Brasil vai voltar com força total (e de maneira indireta, bem PMDB mesmo). Presidência da República, Câmara e Senado nas mãos dos coronéis corruptos, governando como se ainda estivessem no século XIX.

PMDB, o povo tá de olho, não é largando o PT depois deles destruírem tudo que vocês vão limpar a própria imagem.

Enquanto o PT tinha caixa pra manter seus interesses, vocês ficaram juntinhos, agora se mostram iguais ou piores que eles. Não vamos esquecer.

Acredito que os que foram às ruas gritar fora PT estão felizes, contribuíram para que o PMDB finalmente conseguisse o que não teria a menor chance se o voto fosse direto.

É muito cômico um partido que passou toda sua história saqueando o Brasil dá uma de santo pra voltar ao poder através de um golpe. O PMDB nunca mais vai voltar ao poder de forma decentemente Democrática.

E o pior que ainda tem imbecil achando bonito isso. Partido de coronéis oportunistas. Que se perpetuam no poder, os MAIORES SANGUE-SUGAS da história política do Brasil. Mas são uns fanfarrões!

Em um dos momentos mais importantes da recente história do Brasil, o PMDB decide sobre permanecer ou não na base governista ou, melhor dizendo, se é favorável ao pedido de impeachment ou não, em uma reunião de 3 minutos! Isto mesmo.. em 3 míseros minutos podem ter definindo o futuro do Brasil nos próximos anos. Assim, o futuro do país decidido em 3 minutos. Pronto. Análise de materialidade ou da autoria do suposto crime de responsabilidade da Presidenta da República que ensejaria o pedido de impeachment? 3 minutos. Tempo mais do que suficiente para o preparo de um macarrão instantâneo. 3 minutos e está pronto o impeachment.

Isso é um treta épica! Eles (PMDB) está fugindo do barco que ajudou afundar o Brasil é ainda dando uma de bom moço. Mas a gente tá vendo, Brasil pra Frente Temer pra presidente? Oi? Como assim? É outra, não aceito Dilma e Lula não, mas há corrupção existe há milênios aqui. Vê eles assim só me faz lembrar como está parecido o cenário de Jogos Vorazes sim com esse âmbito político, lula não é o único errado não... Há uma corja inteira!

Enquanto o povo está morrendo à minguá essa gente pensa que o Brasil é deles, o Brasil é nosso povo, porque essa mulher não deixa o poder de uma vez, estão nos fazendo de palhaços no circo que eles mesmo plantaram, mas infelizmente somente eles estão colhendo, nós aqui sofrendo para podermos comprar 1 kg de carne. Provavelmente daqui a pouco estarão em um churrasco, todos juntos, rindo as nossas custas.

Impeachment acredito que não resolverá essa crise econômica, apenas dará uma sensação de alívio naqueles que queriam isso. Não vai surgir Bilhões de reais nos cofres públicos da noite para o dia acredito eu. A crise econômica vai continuar mesmo assim por um tempo. O governo de um país não é composto só por presidente, o presidente na verdade é o que menos atua.

Imagine a Política de um País como uma Pirâmide, onde o Presidente está no topo. Se você tirar a primeira peça do topo, nada acontece com a piramide. Agora mexa na base dela, tire alguns blocos, que ela vai começar a pender. A politica de um país começa pela base, que são os Vereadores de cada cidade, depois os Prefeitos, Deputados, Senadores, etc....

Dar o tal jeito no país é algo que quase que impossível, porque a política aqui é toda errada, e isso não é culpa do Lula, ou Fernando Henrique, esse problema vem lá de trás, de uns 100 anos atrás ou mais. O dinheiro aqui é desvalorizado demais ou melhor supervalorizado, porque as coisas tem preços absurdos.

É complicado de pensar nisso, porque dentro do Brasil, existem outros Brasis, nosso País é um dos maiores do mundo, em cada região a vida é de uma forma, em cada estado a vida é de uma forma, é algo muito complicado pra entender.

Tem lugares no Brasil onde a crise não chegou, sabe porquê? Porque a vida dessas pessoas sempre foi de pobreza.

O próximo governante tem que ser sério, tem que colocar ordem e mudar a política do Brasil. Mas todos são humanos, portanto se não tiver boa índole não vai adiantar. Se a pessoa não tiver a mente focada em mudança, não vai resolver.

Duvido que a grande população do Brasil procura se informar sobre a vida politica de cada candidato, sobre o passado da pessoa. Claro, isso é algo muito difícil de encontrar as vezes, mas hoje em dia temos internet, onde se acha tudo.
Precisamos ser fortes, enfrentar esse momento e saber escolher bem um candidato, desde um simples Vereador até o Presidente.

Para evitar um racha no partido, lideranças peemedebistas decidiram amenizar o rompimento com Dilma Rousseff. O fim do apoio do PMDB ao governo, a ser formalizado hoje, não será radical. Não serão fixados prazos para que filiados deixem ministérios e funções de confiança, e sequer haverá punições para quem ficar onde está. O partido mantém cerca de 600 cargos na máquina federal.

A saída à moda peemedebista foi costurada em reuniões como a mantida entre Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros. O assunto também foi tema de conversa entre o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani, e o senador Eunício Oliveira (CE).

Imagine a presidente Dilma enviando ao Congresso um projeto de emenda constitucional convocando novas eleições, mas não só presidenciais, NOVAS ELEIÇÕES GERAIS? Todas as máscaras cairiam. Todos ficariam nus. Temer, Aecio, Serra, Alckmin, FHC, Caiado, Renan, Cunha, Paulinho da Força, a própria Dilma, o Lula e muitos outros, pois não seriam eleitos diante do que o país sabe hoje. Deveria também propor que o povo decida em plebiscito se políticos devem continuar com privilégios financeiros e se devem continuar a ganhar mais que professores e medicos.

Presidente Dilma, a senhora não tem mais nada a perder! Chute o balde! Lanço aqui a campanha: #EiDilmaChutaoBalde

PS: Não poderiam se candidatar nem ex- juízes e ninguém com problemas na justiça ou com sérios indícios de envolvimento na Lava Jato e em outros casos de corrupção.

Mapa da Democracia

"PMDB é como aquela visita que vai embora assim que a cerveja acaba" (André Dahmer)







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Thiago Muniz tem 33 anos, colunista dos blog "O Contemporâneo", do site Panorama Tricolor e do blog Eliane de Lacerda. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para:thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.

domingo, 13 de março de 2016

O Pragmatismo do 13 de Março (Por Thiago Muniz)

Uma coisa é falar em saída do governo Dilma Rousseff; outra coisa é falar em saída da crise político-econômica atual.

Uma não coincide exatamente com a outra; a segunda não se reduz à primeira. Saindo Dilma, a crise não acabará. Nem tampouco começará a acabar, como acreditam alguns defensores do impeachment, da renúncia ou da mudança de regime de governo.

Observando os cartazes dos manifestantes contrários ao governo neste domingo em todo o país, pode-se notar que a maioria deles brada palavras-de-ordem que se limitam apenas à saída de Dilma. “Fora Dilma e leve o PT junto” é a mais comum. 

É uma visão que pode até expressar a legítima posição política de muita gente em relação ao governo, mas revela também uma certa miopia diante dos cenários de mais longo prazo. 

É uma percepção curta, imediata, que pensa a saída da crise apenas com o afastamento da presidente da República ou o esvaziamento do seu poder.

As fontes de instabilidade do governo, hoje, são múltiplas. Algumas delas, é verdade, têm a ver com o governo da vez. No entanto, elas são apenas uma parte das determinantes da conjuntura atual. 

Uma das principais fontes de instabilidade, a Operação Lava Jato, sequer chegou à pessoa da presidente, não obstante várias lideranças políticas que vão às ruas neste domingo ou que são simpáticas aos manifestantes já tenham sido nominalmente citadas em depoimentos ou já estejam acumulando processos contra si.

Dilma e o PT têm suas culpas, e não são poucas nem pequenas. A conjuntura não é responsabilidade apenas da mídia, ou da oposição, ou das elites, ou qualquer outro algoz de ocasião. No entanto, os mesmo que criticam a presidente, defendendo que ela lidere um governo de união nacional, são aqueles que se negam a conversar com Dilma. Certamente esses setores também têm suas justificativas. 

Mas não podem se eximir da culpa pela crise política que aí está, nem tampouco dos seus impactos sobre o ambiente econômico, já totalmente contaminado pela paralisia em que nos encontramos.

Se Dilma sair ou, ficando, tiver seus poderes diminuídos pela mudança de regime de governo, teremos o início de uma nova crise, que é parte dessa conjuntura maior de instabilidade, e não o fim do que estamos vivendo hoje. Essa nova crise terá como principais razões:

1. Continuidade da Operação Lava Jato e o fato de que ela irá alcançar nomes de um eventual futuro governo;

2. Tentativas de um eventual futuro governo justamente em limitar o alcance da Lava Jato;

3. Questionável capacidade de Michel Temer, vice-presidente, em liderar um governo de coalizão;

4. Existência de um processo no TSE que pode vir a cassar até mesmo o futuro presidente, caso o vice venha a assumir;

5. Possibilidade, ainda que remota, de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, venha a assumir a Presidência;

6. Instabilidade política que um possível regime parlamentarista geraria, dada a fragmentação partidária do Congresso, o peso que a futura nova oposição teria, etc.

7. Vício de origem que o chefe de governo teria ao ser eleito indiretamente por este que é o pior Congresso em 50 anos;

8. Continuidade da crise econômica, interna e externamente.

O que me estranha nesses protestos é a falta de coerência do protesto em si. Acho que se fosse o povo pelo povo a manifestação seria coesa.

Mas o povo apoiando elite e manutenção de privilégios, aplaudindo políticos, também, corruptos, e até Malafaias, Bolsonaros, Fascistas em geral, é meio esquizofrênico. Claro, alguns políticos vão tirar proveito da situação para se promoverem e vão as ruas também. 

Realmente não sei se se convocar uma manifestação e seguir um pessoal que ergue uma bandeira de "Militares no poder" é progressista ou racional. A insatisfação pela conjuntura do governo é visível e protestos têm que ser feitos. 

É nosso dever fazer crítica (não aquela crítica de apontar erros, mas sim no sentido do senso crítico de questionar o que está sendo feito). Porém, a irracionalidade dos manifestação é clara. Bandeiras absurdas são levantadas. É muito estranho a classe mais elitizada ir as ruas com um conteúdo tão apolítico.

O país foi incapaz de deter o processo e até hoje há quem pense que os bandidos vão vencer no final: PT e PMDB continuarão nos assaltando pela eternidade. 

Como foi possível conviver com tanta ladroagem? 

Como foi possível aceitar versões tão enganadoras? 

Como foi possível cultuar o cinismo que nos corrói? 

Ainda agora, surgem as velhas trapaças. O PT ameaça soltar nas ruas barbudos de camisa vermelha, e há garotas fazendo gestos obscenos com o dedo. 

Ao PT interessa a hipótese de conflitos. Se as pessoas tiverem medo, não sairão às ruas. E alguns cronistas vão dizer: caiu o ímpeto do impeachment, Dilma respira de novo. Dilma tem respirado à custa da nossa asfixia.

A Lava-Jato ainda está em curso. Vai sobrar pra praticamente todos os grandes partidos. Na linha de sucessão de Dilma tem o PMDB de Temer, Cunha e Renan. Figurões do PSDB tb estão citados em delações. Lembrei da música do amigo Ivan Lins (e do Vitor Martins): "cai o rei de ouro, cai o rei de espadas, cai o rei de paus, cai, não fica nada". O sistema político dominante no Brasil está falido, mas seus usufrutuários recusam-se a sepultá-lo.

Só um adendo: Aguardando as últimas fotos das manifestações no Capão Redondo, em São Mateus, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Setor O de Ceilândia, Rocinha, Complexo do Alemão, Diadema e outras áreas metropolitanas equivalentes. Afinal, ouvi desde de manhã que elas acontecem "por todo o Brasil".


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sexta-feira, 4 de março de 2016

O dia em que acreditei no Brasil (Por Thiago Muniz)

Desde que eu era mais jovem, nunca fui um filiado político ou admirador de um político em específico.

Mas a minha juventude "adolescêntica" se iniciou nos anos 1990, uma década onde começou com um impeachment de um presidente e a era do plano Real para a economia brasileira bastante fragilizada pelas incompetências anteriores.

Como a era FHC priorizou a economia e o lado social ficou de lado, eu pensei de verdade que quando o Lula entrasse para a presidência, os rumos mudassem a favor de um Brasil melhor, mais digno e com a corrupção erradicada.

Por um momento melhorou sim, a classe pobre teve voz, ela recebeu crédito para consumo, acesso ao estudo e subsídios para ter uma vida melhor. Só que política assistencialista deve ter vida útil para existir senão ela se transforma em política coronelista, uma prática comum desde que o Brasil existe.

Para melhorar as condições de uma sociedade, se deve fornecer subsídios e instrumentos capazes dela caminhar sozinha, e não acomodá-la com fomentos.

Nas eleições de 2002 votei sim em Luiz Inácio, eu enxerguei maturidade governamental nele, achei que o Brasil melhoraria de fato, de alguma forma o Gigante cresceria de uma maneira sólida e rugiria para o mundo.

E cresceu de fato, a economia bombeou, a infra-estrutura progrediu, só que...

Surgiu o escândalo do Mensalão! Uma nefasta que existiria até hoje se não fosse a delação inanimada do profeta do PTB. A partir de lá a mídia se movimentou aos poucos contra o governo. E o que surgiram de barbaridades nós perdemos as contas. Surgiu a CPI dos Correios e o Petrolão que quase extinguiu com a Petrobrás.

Mas temos que ter dois pesos e duas medidas; por outro lado o movimento de oposição que busca incessantemente a retomada do poder, ou seja, o PSDB; houve escândalos tão bárbaros quanto os do PT, cito a Privataria Tucana em MG, o escândalo do metrô de SP, o fatídico helicóptero com os 400 kg de cocaína achados numa fazenda em MG, fora o aeroporto na cidade de Claudio-MG. Mas daí eu não vi um grande movimento midiático em prol dessas sujeiras.

A decáda de 2000 começou com esperança e terminou com ceticismo. A década de 2010 começou com ceticismo e sinceramente não sei como terminará.

Naturalmente que diante do quadro desse momento e de tudo que possa vir a acontecer durante o dia, ainda é cedo para tomar qualquer posição.

Só me resta lamentar que algo que seja tão importante para o crescimento do país, da justiça e da democracia esteja sendo usado de forma justamente a colocar a democracia em risco.

As ruas serão tomadas por ambos os lados e poderemos ter conflitos graves, pois a nossa sociedade é intolerante e ignorante, não sabe respeitar as adversidades e as opiniões.

Espero que a mídia tenha consciência da forma perigosa como vem dando suas cartadas.

Há muitas dúvidas sobre o que está por vir: como reagirá Dilma?

E os movimentos sociais? Algumas conclusões já são possíveis: o ambiente político ficará ainda mais envenenado e os protestos do domingo que vem (13 de março), e, consequentemente, o processo de impeachment, ganharão enorme fôlego.

E, muito mais do que 2005, o projeto de poder do PT nunca esteve tão perto do fim.

O Brasil não tem mais jeito.

Infelizmente essa é a minha constatação. A corrupção já está enraizada na cultura, é praticamente impossível combatê-la.

É duro ter esse prognóstico, mas o Brasil é a terra da bagunça e da promiscuidade a céu aberto.








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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O Petróleo é de fato nosso? (Por Thiago Muniz)

PLS 131

Autoria: Senador José Serra

Ementa: Altera a Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010, que estabelece a participação mínima da Petrobras no consórcio de exploração do pré-sal e a obrigatoriedade de que ela seja responsável pela “condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das instalações de exploração e produção”.

Explicação da Ementa: 
Estabelece a participação mínima da Petrobras no consórcio de exploração do pré-sal e a obrigatoriedade de que ela seja responsável pela “condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das instalações de exploração e produção”.



Quanta grana rolou para que esse projeto ter sido votado em regime de urgência? Alguém consegue chutar?

O momento requer muita calma e nervos de aço. Qualquer tentativa de explicar o que estamos vendo acontecer com a Petrobras poderá ser precipitado.

A única coisa que certa é que não podemos deixar o Brasil entregar nossas riquezas dessa forma!
OS GOVERNOS MUDAM, as riquezas ficam!

Pensem nisso!

Segundo o substitutivo aprovado, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) definirá quais blocos do pré-sal serão leiloados. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) será o responsável por decidir, de acordo com o interesse nacional, quem vai explorar as áreas do pré-sal. Então, o órgão oferecerá a Petrobras a preferência para ser a operadora dessas áreas, contratadas sob o regime de partilha de produção.

A Petrobras terá até 30 dias para se manifestar sobre o direito de preferência em cada uma das áreas ofertadas. Essa decisão será levada à Presidência da República, que dará a palavra final sobre o que a Petrobras irá efetivamente explorar. Nas áreas de interesse do governo, a estatal deverá participar com o percentual mínimo de 30% dos investimentos.

Essa lei é como armar a cama para um eventual governo neoliberal, no momento que esses adoradores de Lobby chegarem ao poder, a Petrobras vai perder o interesse no Pré Sal e jogar no lixo os investimentos pesados para exploração em águas profundas e passar pra os investidores estrangeiros toda essa tecnologia.

Não vi ninguém na rua por isso. A questão é que a prioridade do brasileiro (principalmente do sul e sudeste) é tirar o PT do poder achando que no dia seguinte o sol vai raiar e os problemas irão se mudar para Cuba, mal sabem eles, mal sabem.

A experiência internacional demonstra que os países que são grandes exportadores de petróleo têm, em sua grande maioria, robustas operadoras nacionais de suas jazidas.

Hoje, cerca de 75% das reservas internacionais provadas de petróleo estão nas mãos de operadoras nacionais. Conforme previsão da Agência Internacional de Energia, a tendência é a de que essas operadoras nacionais sejam responsáveis por 80% da produção adicional de petróleo e gás até 2030.

Isso não é casual. Para dominar o mercado, os países produtores precisam dominar as reservas e controlar o ritmo e os custos de produção. O primeiro fator é assegurado pelo regime de partilha e o segundo fator é assegurado pela operadora nacional. A OPEP seria inviável sem o regime de partilha e sem grandes operadoras nacionais.

Eu vejo um horizonte negro, quando até o final de 2013 o Brasil despontava como uma das poucas nações de bem com a vida, as eleições desencadearam uma ação praticamente terrorista e assustadora da mídia em conjunto com o judiciário, e hoje estamos praticamente vivendo um estado de exceção; modus operandi americano, foi assim no Oriente Médio e em vários países do mundo, a desestabilização é tudo que eles precisam.

Hoje a Petrobrás está atolada em dívidas! Mas as riquezas do nosso país estão lá! Como disse, 

Governos mudam, entregar as riquezas num momento de crise é bobagem! Precisamos ter maturidade para lidar com isso! Acima de bandeiras de partidos.

Sou contra o entreguismo demasiado, existem empresas públicas bem geridas e administradas. Acontece que a questão aqui é, temos uma riqueza (Pré-sal) de outro lado temos uma empresa responsável por fazer essa riqueza gerar frutos e essa empresa está se mostrando extremamente ineficiente, infelizmente, está servindo de cabide de empregos e troca de cargos e favores, independente de partido político.

Falhamos, como pessoas, como administradores, estamos em 2016 não em 1986, se não damos conta devido à nossa incompetência (me incluo) como brasileiro, povo de onde emanam todos os políticos, não seria hora de deixar pra quem sabe fazer, precisamos de eficiência, estamos em 2016.

A presidente Dilma não vai vetar. Quebraram a Petrobras que não tem recursos nem crédito pra investir. Se outros investirem impostos serão gerados para o caixa de um governo desesperado.

Os americanos vêm segurando o estoque de petróleo para segurar preço, estão pressionando o mercado e deixando um quadro ainda mais instável no Brasil. Mas eles não aguentam mais um mês, Dilma precisa recuar, ouvir Lula, alinhar seu ministério de maneira bilateral , negociar um pouco mais, sair do isolamento!

O Brasil só de devedores americanos tem mais de 400 bilhões de dólares a receber, tem uma divida externa infimamente menor , tem caminhos para sair dessa paralisia , retomar a economia, esvaziar o discurso dos golpistas e ainda botar o bandido do Cunha ma cadeia! Só precisa dialogar , precisa negociar saídas , dar espaço e ganhar espaço . Agora isolada , não ouvindo ninguém da nisso, a própria base começa a rifar ela.

Uma coisa é certa o petróleo poderia ser muito mais barato se os usa não tivesse com o "narizão" aqui onde eles não foram chamados ai acaba que o Brasil vende o petróleo para eles e eles compra de novo o próprio petróleo para poder vender mais caro aqui , acho isso um absurdo e uma forma de mostra que o pais ta se rebaixado a um pais que não tem nada a oferecer para o nosso já que tudo que precisamos para nosso pais ser o pais de primeiro mundo o nosso pais tem, fica a dica.

O petróleo não é nosso, os minérios não são nossos, o pré-sal não é nosso, as estatais não são nossas! É tudo dos 3 poderes e empresários amiguinhos. Nossos, são só os impostos pra sustentar tudo isso, e o preço absurdo da nossa gasolina!

Certo ponto é verdade, as terras não são nossas vivemos de aluguel em nosso próprio país, a Amazônia não é nossa, a autonomia não é nossa, somos escravos Brasil colônia ainda por culpa de uma classe escrota e doente que não quer um desenvolvimento sustentável e igualitário, a fauna e flora não é nossa, a Vale não é nossa, a Petrobrás não é nossa, nem salário nos temos, é mínimo o nosso misero salário.

Somos um povo pequeno que é covarde e bundão, entregamos tudo o que tivemos e somos conivente com toda as patifarias desde sempre, os minérios e água não é nossa. Nossos governantes são uma corja de escrotos corruptos que fazem conchavos e acordos por dinheiro e jamais trataram o Brasil como uma Nação que pudesse ser país de primeiro mundo. 

Nossa matéria prima sai daqui a preço de merda e volta absurdamente cara e estragada para nós consumirmos a merda feita pra gente, enquanto eles lá fora ficam com o melhor que temos. Culpa do povo fraco que temos.

Depois de uma mobilização intensa da esquerda para defender o pré-sal do entreguismo típico do PSDB, o governo fez um acordo com o tucanato para inserir um dispositivo no projeto de lei de José Serra e aprová-lo no Senado. Contra ele, votaram as bancadas do PT, PDT, PTB, PSB, PCdoB, PRB e Rede (no caso destes três últimos, a "bancada" se resume a um senador cada). Alguns integrantes do PMDB também votaram contra (como Requião, combativo como de hábito, e Edison Lobão).

Repetindo: a bancada de apoio ao governo votou contra este; a de oposição, ao lado dele.

Imediatamente, alguns militantes, atordoados, tentaram defender a ação do governo Dilma: teria "cedido os dedos para não perder os braços"; o acordo teria "mantido a Petrobrás como responsável por decidir se abriria mão da exploração ou não", etc.

Não passa de negação.

O que acabou sendo aprovado foi noticiado pela imprensa como "Petrobrás é desobrigada de explorar no mínimo 30% do pré-sal". A linguagem da mídia é reveladora como sempre. "Desobriga de explorar" parece algo positivo; ninguém gosta de ser OBRIGADO a nada. 

Na prática, porém, o que isto significa é que a Petrobrás PERDEU o direito de ter no mínimo 30% de participação na exploração do pré-sal. E se lembrarmos que as verbas da Educação estão atreladas ao pré-sal, perceberemos que, com isso, não perdermos apenas nosso patrimônio natural, mas também investimento em um setor básico da Sociedade.

Esta perda foi disfarçada da seguinte maneira: agora, caso queira manter sua participação na exploração quando novos leilões forem feitos, a Petrobrás terá que fazer uma defesa técnica cuja decisão final caberá a quem estiver ocupando a Presidência da República.

Perceberam o problema? Sim: se antes a Petrobrás tinha uma proteção institucional, legal, para impedir que o pré-sal caísse nas mãos das corporações estrangeiras, isto agora passa para as mãos do(a) Presidente.

Agora imaginem que este Presidente seja alguém como José Serra, que já havia prometido à Chevron que alteraria a lei para permitir a entrega do pré-sal. 
Ou alguém como Aécio Neves, que, nos intervalos da sessão no senado, podia ser visto conversando com Adriano Pires, que pertenceu ao Instituto Liberal (criado com participação da Shell) e que hoje é do CIEB, que presta "consultoria" (leia-se: faz lobby) para empresas petrolíferas estrangeiras e que, não por acaso, frequentemente aparece como "comentarista" em jornais da Globo e publica artigos atacando a Petrobrás em revistas do mesmo grupo, como a Época. Pois é: na prática, sob a gestão de neoliberais, teríamos uma privatização do pré-sal, com o lucro indo para o exterior em vez de para o país do qual o óleo foi extraído.

E tudo foi feito de maneira escancarada: os movimentos sociais chegaram a ser impedidos pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, de ocupar as galerias - e, no entanto, lobistas das corporações estrangeiras ficaram no ambiente sem qualquer questionamento.

Ou seja: vimos hoje, sem qualquer disfarce, como REALMENTE funciona nossa democracia plutocrática (trocando em miúdos: uma "democracia" na qual quem manda é o capital, não o povo).

E o governo Dilma, traindo a militância da esquerda e SEUS PRÓPRIOS SENADORES DE BASE, cedeu a isso. Em vez de lutar e correr o risco de perder, optou por desistir de antemão.

Cadê o tal Coração Valente no qual a esquerda acreditou durante as eleições?

Pelo jeito, infartou.

Resultado: no lugar da luta, o luto.

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P.S.: Isto não quer dizer que apoio qualquer tentativa de golpe (ou seu eufemismo: "impeachment"). O que a neodireita não entende é que é possível discordar de um governo - ou mesmo rejeitar frontalmente suas ações - e ainda assim respeitar o processo democrático. Dilma vai até 2018. Foi eleita para isso e defenderei SEMPRE seu direito de ir até o fim de sua gestão.

O que não significa que preciso aprovar a gestão em si.





BIO

Thiago Muniz tem 33 anos, colunista dos blog "O Contemporâneo", do site Panorama Tricolor e do blog Eliane de Lacerda. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para: thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Existe censura no Brasil? (Por Rapha Ramirez)

É a partir dessa pergunta que começa a coluna dessa semana. Traremos nas próximas linhas dados, informações e declarações de como os profissionais de imprensa olham para a censura hoje. E como o fantasma do autoritarismo e da falta de liberdade ainda está nas mentes e nos corações dos jornalistas, inclusive daqueles que nunca viveram a ditadura militar. Para agravar o quadro, existe também a chamada censura–consentida ou auto-censura.

A organização “Repórteres Sem Fronteiras”(RSF), em seu relatório anual sobre liberdade de imprensa, mostra o Brasil na 99o colocação, uma posição melhor do que em 2014 quando o país ocupava a 111o. Segundo a ong apesar da melhora, “a repressão a manifestações na América Latina é um problema crescente que acaba dificultando a cobertura da mídia, tanto no Brasil quanto em outros países”.

A lista, que vai até a 180o colocação, ocupada atualmente pela Eriteia na África. A RSF cita em seu relatório a morte de dois jornalistas e reitera, que a lei de imprensa utilizada na República Brasileira data da ditadura militar e deve ser revogada. Os países com mais liberdade são os europeus, em primeiro lugar está a Finlândia e, em segundo, a Noruega.

Citada pela RSF como um dos problemas para a liberdade de imprensa no Brasil, a “Lei de Imprensa” nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967, portanto em pleno período militar, foi criada pela presidência da República para regulamentar as manifestações de pensamento e de informação. E apesar de alguns artigos liberais como o que diz: “É livre a manifestação do pensamento e a procura, o recebimento e a difusão de informações ou ideias, por qualquer meio, e sem dependência de censura, respondendo cada um, nos termos da lei, pelos abusos que cometer”, o documento traz, também, tópicos que cerceiam a liberdade.

Como este, que fala o seguinte: “O diretor, principal responsável do jornal, revista, rádio e televisão, manterá em livro próprio, que abrirá e rubricará em todas as folhas, para exibir em juízo, quando para isso for intimado, o registro dos pseudônimos, seguido das assinaturas dos seus utilizantes, cujos trabalhos sejam ali divulgados”. Para o colunista de O Globo, Luiz Garcia, a lei de imprensa acaba tornado a censura governamental, porque através dela pode-se abrir processos contra jornalistas, com muita facilidade.

Segundo o repórter da Rede Globo de Televisão, André Luiz Azevedo, nem mesmo a lei de imprensa pode cercear os jornalistas. “No mercado atual, com consumidores atentos, opinião pública atuante e cobrança permanente não existe mais, pelo menos nos grandes centros que conheço, lugar para a manipulação de que se fala. Infelizmente, ou melhor, felizmente, a realidade não confirma essas teses conspiratórias”.

Eliane Cantanhede, do O Estado e São Paulo e da Globonews, tem uma opinião muito próxima da de André Luiz Azevedo. Para ela, a sociedade está amadurecida e, com isso, seus jornalistas e também a sua imprensa.

O ex-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sergio Murillo, hoje no conselho de ética da instituição, pensa diferente. Para ele, os meios utilizados pela ditadura foram substituídos por instrumentos sutis, mas igualmente devastadores do direito à informação. “Há uma liberdade formal, que beneficia na sua plenitude os grandes grupos de mídia. É fundamental que a sociedade passe a discutir e a reivindicar o direito à comunicação”, finalizou.

Arrematando a opinião de Sérgio Murillo, o pesquisador da Universidade de Brasília, Venício A. de Lima, em artigo publicado pelo site do Observatório da Imprensa, informa o seguinte: “Não é segredo para ninguém que a indústria das comunicações, apesar de crises financeiras localizadas, transformou-se num dos principais negócios das últimas décadas, e exemplo de concentração da propriedade no mundo globalizado.

Reduzida a alguns mega-grupos privados, tende cada vez mais a controlar o que vemos, ouvimos e lemos”, disse. Ao se contemplar o cenário que existe hoje, seria uma espécie de censura capitalista, que produz nos jornalistas um sentimento de auto-censura, e até de um consentimento de ser censurado. Segundo Bill Kovach e Tom Rosenstiel, em seu livro “Os elementos do Jornalismo”, hoje essa conglomeração ameaça a sobrevivência da imprensa como instituição independente, “já que o jornalismo se converte em um setor subsidiário dentro das corporações, essencialmente voltada para os negócios”.

Venício A. de Lima diz, ainda, citando a Veja, edição 1872 de 22 de setembro de 2004 que “no Brasil moderno, a ‘liberdade de expressão’ deixou de ser um direito natural e absoluto, passando a ser encarada como algo que – na avaliação de ministros do governo e de tribunais superiores (sic) – ‘é relativo’ ou exige ‘precondição para ser exercido’”. Para muitos não é assim. O diretor geral de jornalismo e esporte da TV Globo, Ali Kamel, em artigo publicado pelo jornal O Globo de 4 de outubro de 2005, acha que só existe o jornalismo onde há liberdade. “O que no fundo choca esses intelectuais não é a cobertura (...), mas a liberdade de cobrir”, afirmou.

O colunista do jornal O Globo Ilimar Franco concorda com Kamel. “Na minha experiência cotidiana, posso afirmar que a mão da empresa no trabalho dos repórteres não tem esse peso todo como pretendem alguns”. E critica: “Acredito que esse discurso é uma forma perversa de atacar uma categoria profissional que esteve ao lado do país em momentos cruciais da história recente, como a anistia, a convocação da Constituinte, a redemocratização e o impeachment”.

A opinião de Ilimar é paradoxal, já que há declarações, inclusive de políticos, de que “fulano tem grande abertura do jornal X, ou do jornal Y cuido eu”. Os governos de Lula e Dilma abriram espaço para essa discussão que aqui se trava. O tratamento de ambos e do PT junto à imprensa é muito ruim, e parece que não muda, mesmo depois de tantas críticas.

O deputado estadual e ex-secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, Raul Pont, em entrevista ao Blog do Josias da Folha On Line do dia 22 de novembro de 2005, falou da popularidade do falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e aproveitou para novamente, em nome da legenda, criticar a imprensa. “Eu acho que a imprensa daqui bate até mais em nós (...). 

A nossa é mais radical contra o PT e o governo do que a imprensa da Venezuela contra Chávez”, afirmou. Claro que a imprensa brasileira tem excessos. Mas a grande maioria está noticiando o que sai do próprio governo, ou da polícia federal.

Apesar da presidente Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defenderem que o país é livre e que a receita para o vigor do jornalismo é a liberdade, o cenário atual não se constrói assim. Muito pelo contrário: é erguido com vigas de isopor prestes a se desfazerem e cair. Em entrevista publicada pelo jornal O Globo, o colunista Arnaldo Jabor, da TV Globo e do jornal O Globo, resume muito bem tudo isso. “

A importância do jornal e da liberdade de imprensa é como instrumento na construção da cidadania e da comunidade. (...) Há muitos petistas no governo que de dia são neoliberais e de noite são leninistas. Metade do governo não quer a multiplicidade, querem o único. Querem evitar que a sociedade e os jornais defendam o país deste desejo de controle, de fiscalização”, alfinetou Jabor.

Para o ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas, em entrevista à revista Agenda 45, “durante todos esses anos em que o PT se auto-atribuia o monopólio da ética na política, o Brasil deveria ter percebido a inspiração totalitária de seu projeto, seu desprezo pela democracia, sua descrença no funcionamento das instituições e na possibilidade de aperfeiçoá-las com reformas. Desde a luta armada, eles nunca acreditaram no jogo limpo”.








Rapha Ramirez tem 32 anos, é formado em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Apaixonado por política, já está escrevendo o seu primeiro livro e em breve se lançará como Escritor. Caso queiram entrar em contato com ele, basta seguirem o seu perfil no Twitter em @rapharamirez.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Lula e o malefício próprio (Por Thiago Muniz)

Para começo de conversa, não haverá político algum que por mais honesto que seja, consiga mudar de fato a cara do Brasil.

A corrupção é endêmica. A paralisia da consciência de seu povo está na distração pelos meios de comunicação.

O governo Lula fez pouco, mas fez alguma coisa e não conseguiria fazer mais do que fez. Oxalá as forças reacionárias não tomem o poder apesar de serem a grande maioria no Congresso, pois veremos aberrações como a privatização integral da educação e da saúde brasileira, algo jamais visto na história deste país.

Luiz Inacio Lula da Silva Ele teve o Brasil aos seus pés; presidente nenhum na história da democracia mundial obteve tamanho sucesso numa eleição popular, ainda que obrigatória.

Ele poderia ter mudado de verdade a cara do Brasil: mudado o deprimente estado da saúde; reformado o sistema educacional de uma vez; acabado com a impunidade da polícia militar assassina; poderia ter encaminhado uma profunda reforma política para acabar com a bandidagem do Congresso Nacional; e, sobretudo, poderia ter dado à população mais humilde - além do pão - a real oportunidade de sair da miséria existencial que há 500 anos frustra as expectativas de resgate social da grande maioria do povo brasileiro..

Nada disso tudo ele fez..

Abençoado por uma situação econômica mundial favorável, conseguiu levantar por um tempo o Brasil a níveis nunca alcançados antes..

Mas foi apenas um fogo de palha..

E a atual situação econômica, tristemente, o confirma..

Sinceramente eu não sei em quantos e quais escândalos ele esteja envolvido, pois não sou tão otàrio ao ponto de acreditar em tudo aquilo que foi vomitado pelos delatores ou pela imprensa com placa PSDB.

Por outro lado, é claro que Lula não é nenhum santo e é imperativo que esclareça de uma vez a sua, nada cômoda, posição..

Ainda que esteja culpado por um crime menor, a sua imagem, perante a História, será a dum político que desperdiçou uma ocasião única pra ser lembrado como o maior presidente do Brasil, acabando, ele também, na lama da corrupção que está destruindo este país.
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Thiago Muniz tem 33 anos, colunista dos blog "O Contemporâneo", do site Panorama Tricolor e do blog Eliane de Lacerda. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para:thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Um novo mandatário para Portugal (Por Rapha Ramirez)

Os ventos de direita que sopram aqui na América Latina atravessaram o mar e chegaram em Portugal, com a eleição do o professor e comentarista de política Marcelo Rebelo de Sousa para Presidência da República. Em comum com o recém-eleito Presidente da Argentina Mauricio Macri, a procura em se mostrar independente e um pouco mais ao centro do que a direita.

Com 67 anos, Souza se beneficiou claramente de sua longa carreira televisiva e foi eleito com 52,1% dos votos, em um pleito em que a esquerda portuguesa se pulverizou e não teve um candidato capaz de enfrentar o midiático analista político, que teve apoio dos partidos de direita a distância.

Como na Argentina, o líder conservador quer unir o país: “É tempo de virar a página e recriar a pacificação social, económica e política em Portugal.” E colocou o Papa Francisco na dança portuguesa, afinal Portugal é um país de maioria católica, para ele, com um discurso pragmático é possível conciliar a “justiça social com crescimento económico e solidez financeira”.

Marcelo Rebelo de Sousa mostrou em seu primeiro discurso que pretende seguir um caminho próprio, ideologicamente a direita, próximo a doutrina social católica e longe de partidos políticos, por aqui, esse distanciamento fez mal ao governo da presidente Dilma, mas sabemos que na terrinha a figura do presidente e de chefe de estado e não de governo, afinal Portugal é parlamentarista.

Os ventos cá como lá já vimos são a direita, resta saber se farão bem a América Latina e a Europa. Acredito que a alternância de poder deve ser feita entre conservadores e liberais de verdade, sem um discurso dubio ou pragmático que enfraquece a democracia e dificulta o entendimento da população em geral sobre o que pensam aqueles que dão rumo as nações.

Em tempo, até agora a presidente brasileira não felicitou Souza pela vitória como manda a tradição das nações irmãs Portugal e Brasil, nitidamente mostra o descontentamento pela vitória conservadora sobre seus parceiros de esquerda das terras de Cabral.

Rapha Ramirez tem 32 anos, é formado em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Apaixonado por política, já está escrevendo o seu primeiro livro e em breve se lançará como Escritor. Caso queiram entrar em contato com ele, basta seguirem o seu perfil no Twitter em @rapharamirez.