Sempre escutei desde de criança a história de uma tia de origem indígena que sempre foi muito arredia, de que ela havia sido "pega no laço", esse era o termo usado por familiares. Índia pega no laço por isso não tem afeto pela família, hoje entendo, sequestro, cárcere privado, abuso e violência sexual, assédio moral e muito mais; tudo visto como "normal".
Com quantos séculos de estupro se constrói o país da miscigenação?
Com quantos açoites nas costas se fundamenta a economia da nação?
De quantos metros de terra é preciso para mais um genocídio indígena?
Somos a favela que queima em meio a expansão imobiliária assassina, Somos o adolescente que empunha o fuzil de 30 mil e tem o crânio esfacelado.
O país do jogador negro do milênio e do racismo velado,
Com qual mentira devo dormir para me sentir em paz com esse mundo?
A hipocrisia que bebo no café e que sustenta minha fé, às vezes me deixa mudo. Batemos palmas para mais um espetáculo da Tevê, mais uma farsa, fingir e acreditarem tudo que dizem para ser parte dessa massa.
Estava discutindo isso por aqui. tem sempre um "gênio" querendo puxar a cartinha da miscigenação na tentativa de minimizar o racismo estrutural que ainda impera em todos os segmentos no brasil. perguntei para esse defensor de "mitos" como uma miscigenação que se deu por meio da captura, escravidão e do estupro de corpos negros, onde o filho dessa união forçada era arrancado dos braços da mãe para ser vendido e estuprado, num ciclo que perdurou mesmo depois da abolição, podia ser isenta de racismo. Ainda estou esperando a resposta.
Essa é uma história bem complexa...claro que, como se tratava de uma relação entre senhor e escravo, estupro era ocorrência comum, porém os escravos e indígenas libertos procuravam espontaneamente os europeus e eram procurados pelos colonizadores portugueses. A história da colonização do Brasil tem muito mais nuances do que essa simplificação que é vendida por aí no ensino médio e nos meios de comunicação de massa faz mostrar.
Não é improvável que essa mulher que carrega esse cartaz não tenha lido, ou talvez não saiba quem foi, Gilberto Freyre, por exemplo...porque se soubesse, não o carregaria!
Muito real e comum sendo ainda praticado por muitos nas escondidas dos lares de famílias e nos pontos de trabalho não sendo divulgado pelo medo,preconceito e tantos outros adjetivos comum em uma sociedade hipócrita.
Fico sempre perguntando o que falta para nós?
O Brasil nasceu do estupro, assim como os Estados Unidos nasceram da chacina dos indígenas. Todos os indígenas comeram o pão que o diabo amassou.
Primeiro foram as mulheres indígenas. Depois as mulheres negras, que muitas vezes tinham seus filhos tomados ou eram mutiladas (os seios) pelas senhoras para que não fossem objeto de cobiça de seus maridos. Tem momento que é difícil acreditar que estes horrores aconteceram. Um tapa de realidade na cara dos alienados.
Com quantos séculos de estupro se constrói o país da miscigenação?
Com quantos açoites nas costas se fundamenta a economia da nação?
De quantos metros de terra é preciso para mais um genocídio indígena?
Somos a favela que queima em meio a expansão imobiliária assassina, Somos o adolescente que empunha o fuzil de 30 mil e tem o crânio esfacelado.
O país do jogador negro do milênio e do racismo velado,
Com qual mentira devo dormir para me sentir em paz com esse mundo?
A hipocrisia que bebo no café e que sustenta minha fé, às vezes me deixa mudo. Batemos palmas para mais um espetáculo da Tevê, mais uma farsa, fingir e acreditarem tudo que dizem para ser parte dessa massa.
Estava discutindo isso por aqui. tem sempre um "gênio" querendo puxar a cartinha da miscigenação na tentativa de minimizar o racismo estrutural que ainda impera em todos os segmentos no brasil. perguntei para esse defensor de "mitos" como uma miscigenação que se deu por meio da captura, escravidão e do estupro de corpos negros, onde o filho dessa união forçada era arrancado dos braços da mãe para ser vendido e estuprado, num ciclo que perdurou mesmo depois da abolição, podia ser isenta de racismo. Ainda estou esperando a resposta.
Essa é uma história bem complexa...claro que, como se tratava de uma relação entre senhor e escravo, estupro era ocorrência comum, porém os escravos e indígenas libertos procuravam espontaneamente os europeus e eram procurados pelos colonizadores portugueses. A história da colonização do Brasil tem muito mais nuances do que essa simplificação que é vendida por aí no ensino médio e nos meios de comunicação de massa faz mostrar.
Não é improvável que essa mulher que carrega esse cartaz não tenha lido, ou talvez não saiba quem foi, Gilberto Freyre, por exemplo...porque se soubesse, não o carregaria!
Muito real e comum sendo ainda praticado por muitos nas escondidas dos lares de famílias e nos pontos de trabalho não sendo divulgado pelo medo,preconceito e tantos outros adjetivos comum em uma sociedade hipócrita.
Fico sempre perguntando o que falta para nós?
O Brasil nasceu do estupro, assim como os Estados Unidos nasceram da chacina dos indígenas. Todos os indígenas comeram o pão que o diabo amassou.
Primeiro foram as mulheres indígenas. Depois as mulheres negras, que muitas vezes tinham seus filhos tomados ou eram mutiladas (os seios) pelas senhoras para que não fossem objeto de cobiça de seus maridos. Tem momento que é difícil acreditar que estes horrores aconteceram. Um tapa de realidade na cara dos alienados.
BIO
Thiago Muniz tem 33 anos, colunista dos blog "O Contemporâneo", do site Panorama Tricolor e do blog Eliane de Lacerda. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para: thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.
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