Sendo assim, até pouco tempo atrás era ponto pacífico que a morte deveria ser respeitada com exceção dos tempos de guerra, fosse no Ocidente ou Oriente.
Mas isso mudou. Muito!
Por exemplo, desde a semana passada está sendo possível perceber nas redes sociais, com o falecimento de Fidel, que a morte de uns parece ser o gol que outros esperavam acontecer desde sempre para comemorar sobre os que sentem a ausência de quem partiu.
Ontem (29/11), esse processo se tornou mais claro, pois muitos se tornaram hostis para com os que lamentavam a tragédia da Chapecoense (e aqui não importa se espontaneamente ou se induzidos pelo fervor midiático) já que as únicas questões importantes seriam as votações que aconteceriam em Brasília.
Nesse sentido, os últimos foram comemorados pelos primeiros como alienados. Pois bem, o dia transcorreu, as votações foram realizadas com seu ápice acontecendo na calada da noite e hoje o país amanheceu mais morto do que vivo.
Morto em sua integridade imensamente combalida nos últimos tempos, culminando com o resultado dessas duas votações.
E agora, será que a morte do corpo democrático brasileiro será tratada com o mesmo furor e ou desdém das morte do Comandante cubano e do time brasileiro?
Se for, esse jogo democrático está irremediavelmente comprometido, talvez perdido por no mínimo algumas décadas.
Para os dois times e para as duas torcidas, embora um dos times e sua torcida continuem comemorando.
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