Um Estado laico defende a liberdade religiosa a todos os seus cidadãos e não permite a interferência de correntes religiosas em matérias sociopolíticas e culturais.
Um país laico é aquele que segue o caminho do laicismo, uma doutrina que defende que a religião não deve ter influência nos assuntos do Estado. O laicismo foi responsável pela separação entre a Igreja e o Estado e ganhou força com a Revolução Francesa.
Cresceu o interesse dos partidos por candidatos membros e líderes de todas as Igrejas – cristãs ou não. Esse interesse não nasceu por acaso. O crescimento da Bancada Evangélica como força de decisão no Congresso Nacional é a razão para esse assédio dos partidos. A Frente Parlamentar de Liberdade Religiosa nasceu da união de senadores e deputados evangélicos formando uma bancada de interesse de todos.
Fundar igreja ou partido político são os dois melhores negócios do Brasil.
Os dois melhores negócios hoje no Brasil são abrir uma igreja ou fundar um partido político. Igreja é mais fácil. Você abre e logo de cara se livra de todo os impostos colocando seu carro e sua casa em nome da igreja. Não paga IPTU, IPVA, nada disso. Nem imposto de renda. Só isso já seria bastante.
Cada partido tem seu programa e sua doutrina de ação. Nos assuntos de interesse geral como o aborto, a homofobia, a discriminação de cultos, proibição de símbolos e imagens religiosas – deputados e senadores da Frente Parlamentar de Liberdade Religiosa, coordenada pelo o deputado mórmon Moroni Torgan DEM-CE –se articulam e trabalham como membros da Bancada Evangélica.
Na verdade a bancada não é formada só por evangélicos. Lá estão parlamentares evangélicos, católicos, espíritas, maçons, das religiões de matrizes africanas e parlamentares que defendem a liberdade religiosa. O crescimento desse conjunto tem atraído além dos partidos, também membros e líderes de Igrejas.
Uma tendência positiva. Torna-se nociva quando movida só pelo o orgulho e a vaidade de ser politico. Alguém popular em sua Igreja, associação de bairro, maçonaria, centro espírita – com a pretensão de disputar um cargo politico e ganhar. Puro engano. Além do conhecimento e vocação, precisará de muito dinheiro para bancar uma campanha política.
Os elementos que compõem a mídia politica são caros. Gráficas, sites, blogs, alimentação, transporte,combustível,montagem de escritório politico, equipe de assessores, redatores, profissionais de marketing e logísticas. Dinheiro. Muito dinheiro. Quem pensa que ganha politica postando fotos de reuniões de apoio nas redes sociais perde tempo e alguns trocados. Os poios políticos só funcionam com muito dinheiro.
Em política quase não existe amizade, fidelidade e lealdade. Há interesses vendidos a peso de ouro. Quem desejar receber apoio de Federações, associações, sindicatos, Igrejas, entidades públicas e privadas terá que investir muito dinheiro. Há guetos, comunidades,currais eleitorais e associações que se nutrem do dinheiro das campanhas.
Seus moradores são manipulados por interesses políticos. Os partidos plantam cabos eleitorais, fornece ambulância, cesta básica, remédios, e pagam médicos e dentistas para manter o povo no cabresto, escravos deles.
Quem não tem dinheiro para manter essa esbórnia, perde a eleição, não cumpre o que prometeu e cai na desgraça da derrota. Para quem ganha abrem-se as portas da corrupção. Os derrotados perdem tudo. Perde a vergonha, fica devendo a Deus e ao diabo. Torna-se, como Caim, um forasteiro fugitivo dos credores.
Nas Igrejas cristãs, que estão envolvidas com política, não é diferente. Os líderes usam o púlpito para fazer politica. Os acordos com partidos e candidatos são feitos por seus líderes. Os membros ou votam nos candidatos indicados por eles ou são ameaçados com o fogo do inferno.
Nos acordos celebrados entre os partidos e os pastores entram carros, cargos, bolsas de estudo,construção de auditórios, escolas e prédios. Os encontros políticos, churrascos de apresentação de candidatos aos membros, panfletagem em cultos, reuniões públicas e discursos políticos fazem parte do processo interno das Igrejas cristãs.
Nas Igrejas cristãs, que estão envolvidas com política, não é diferente. Os líderes usam o púlpito para fazer politica. Os acordos com partidos e candidatos são feitos por seus líderes. Os membros ou votam nos candidatos indicados por eles ou são ameaçados com o fogo do inferno.
Nos acordos celebrados entre os partidos e os pastores entram carros, cargos, bolsas de estudo,construção de auditórios, escolas e prédios. Os encontros políticos, churrascos de apresentação de candidatos aos membros, panfletagem em cultos, reuniões públicas e discursos políticos fazem parte do processo interno das Igrejas cristãs.
Nas relações entre partidos, candidatos e Igrejas, são feitos acordos que envolvem milhões. Quem oferecer mais leva. É negócio no atacado. Quem se aventurar a fazer varejo é massacrado pelo o sistema.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos – cujos membros são conhecidos por mórmons – não apoia oficialmente partidos e candidatos, garantindo total liberdade de escolha a seus membros sem a imposição dos seus líderes. Capelas, prédios, bases e de dados da Igreja são proibidos para uso político.
É uma posição única. Permite ao membro votar e ser votado sem o apoio oficial da Igreja. Mesmo assim, tem sido comum entre membros da Igreja o lançamento de candidatos aventureiros, claro que em o apoio da Igreja. Sem estrutura financeira e sem a preparação desejada. Ora pagos por partidos e políticos de fora ou como candidatos.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos – cujos membros são conhecidos por mórmons – não apoia oficialmente partidos e candidatos, garantindo total liberdade de escolha a seus membros sem a imposição dos seus líderes. Capelas, prédios, bases e de dados da Igreja são proibidos para uso político.
É uma posição única. Permite ao membro votar e ser votado sem o apoio oficial da Igreja. Mesmo assim, tem sido comum entre membros da Igreja o lançamento de candidatos aventureiros, claro que em o apoio da Igreja. Sem estrutura financeira e sem a preparação desejada. Ora pagos por partidos e políticos de fora ou como candidatos.
Vários de uma mesma estaca ou ala – em disputas isoladas sem capacidade de se unirem em torno de um projeto politico sustentável. Ninguém se elege. Não seria melhor a união em torno do candidato com mais chance de vitória com apoio de todos? Fora da união e do planejamento todos serão derrotados. Perde-se tempo e dinheiro e nenhum candidato membro da Igreja se elegerá.
O fundamentalismo evangélico – com seu moralismo hipócrita – conta com toda a simpatia do presidente interino Michel Temer. Corremos o risco de, com seu apoio, vermos ruir mesmo aquelas modestas paredes levantadas ao longo das três décadas da nossa débil democracia.
O fundamentalismo evangélico – com seu moralismo hipócrita – conta com toda a simpatia do presidente interino Michel Temer. Corremos o risco de, com seu apoio, vermos ruir mesmo aquelas modestas paredes levantadas ao longo das três décadas da nossa débil democracia.
BIO
Thiago Muniz tem 33 anos, colunista dos blogs "O Contemporâneo", do site Panorama Tricolor e do blog Eliane de Lacerda. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para: thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.
Thiago Muniz tem 33 anos, colunista dos blogs "O Contemporâneo", do site Panorama Tricolor e do blog Eliane de Lacerda. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para: thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.
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