sexta-feira, 12 de maio de 2017

Xangô, o senhor da justiça (Por Thiago Muniz)

Xangô é um Orixá forte, inteligente e criativo. As pessoas que tem sua proteção podem se considera vencedoras.

Costumam tomar decisões certeiras graças à audacia e à justiça que possuem. Gostam de receber elogios pelas coisas que fazem. Xangô também é considerado o Orixá do fogo, já que é poderoso, autoritário e inspira respeito por aonde passa.

Extremamente sensual, ele teve três esposas: Iansã, Oxum e Obá. Como nunca se sentia derrotado, toda sua conquista era realizada de peito aberto. Seu senso de justiça é representado pelo raio e pelo trovão. Embora passe uma imagem repressiva, Xangô sempre soube separar o bem do mal. A mentira e a falsidade são coisas que seus filhos não admitem.

Mesmo autoritários e dominadores, sabem muito bem separar o certo do errado e adoram curtir prazeres que a vida oferece. Diante de qualquer problema, às vezes chegam a criar inimizades pela maneira franca de dizer tudo o que pensam. Mas mesmo assim, são adorados pela maioria das pessoas.

Xangô é o orixá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. Comemorado no dia 29 de junho, “Dia de São Pedro”.

Xangô teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá (Iansã) , Oxum e Obá.

É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores.

A morte pelo raio é considerada uma punição do Senhor da Justiça. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de Xangô.

Xangô é considerado o rei de todo o povo yorubá. Xangô foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto deEgungun, muitos Orixás possuem relação com os Egunguns mas, ele é o único Orixá que, verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos, Egungun.

Xangô é a roupa da morte, Axó Iku, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.

As qualidades de Xangô

Afonjá – Afonjá, o Balé (governante) da cidade de Ilorin. Afonjá era também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do exército do império. Segundo a história de Oió, no início do século dezenove, Oió era governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que eram espécies de Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o podes absoluto sobre o Reino Iorubá e os reinos anexados. Mas um dia um desses generais resolveu se rebelar contra Oió e se unir com os inimigos, esse general se chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. Declarou-se independente de Oió. Com isso o Rei de Oió Aolé se envenenou para não ver o desmembramento do Império. Afonjá traíu o Império Iorubá, mas quando os rebeldes assumiram o poder Afonjá foi decaptado pelo seu novo aliado. Este alegou que se um homem traíu seu antigo rei ele voltaria a trair tantos outros.

Obá Kosso – Título que Xangô recebe ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de Oió, tornando-se seu Rei. Título dado também a Aganju, irmão gêmeo de Xangô quando de sua chegada em Oió foi aclamado como o Rei Não se Enforcou, Obá Kô Sô.

Obá Lubê – Título de Xangô que faz referência a todo o seu poder e riqueza, pode ser traduzido como Senhor Abastado.

Obá Irù ou Barù – Título dado a Xangô logo após chegar ao apogeu do império, quando cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus primordial Jakutá sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de cólera e depois arrependido, se suicida , adentrando na terra.

Obá Ajakà – Também intitulado Bayaniym,” O pai me escolheu “, que faz referência a ele por ser o filho mais velho de Oraniã, e ter por direito que assumir o trono, irmão mais velho de Xangô.
Obá Aganjù – Aganju representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a personificação dos Vulcões.

Obá Orungã – Filho de Aganju Solá e Iemanjá, Orungã é dono da atmosfera é o ar que respiramos, dono da camada que protege a Terra. Ver mais abaixo.

Obá Ogodô – Muito falado também, é apenas o que se diz sobre Xangô, pois, Ogodô é o verbo bocejar. Então, quando está trovejando, o que se diz é que Xangô está bocejando. Dai Xangô Ogodô, é apenas um título de Xangô.

Jakutà ou Djakutà – Jakutá, é a representação da justiça e da ira de Olorun, míticamente Xangô foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um momento de conflito entre as divindades. É o próprio Xangô.

Obá Arainã – Oroinã e Oraniã – Personificação do fogo, o magma do centro da terra é o pai de Xangô e de Aganju em sua forma humana.

Olookê – Orixá dono das montanha, em algumas lendas é um dos filho de Oraniã, foi casado com Yemanjá.

O Culto a Xangô:

Saudação: Kawó-Kabiesilé (forma com que os Orixas são reverenciados);
Cores: Vermelho e Branco ou Vermelho e Marrom ou Marrom e Preto ou Marrom e Branco ou somente Marrom ou vermelho.As cores representam os Orixás, e podem variar segundo a linha religiosa;

Dia da Semana: Quarta-Feira;

Elementos: Fogo, Vulcões, Tempestades, Sol, Trovões, Terremotos, Raios, criador do Culto de Egungun, senhor dos mortos, desertos e formações rochosas;

Elemento Livro: os livros representam Xangô porque este orixá está ligado as questões da razão, do conhecimento e do intelecto. Bem como a Justiça e o Direito;

Ferramenta: Oxê, machado duplo de dois cortes laterais feito e esculpido em madeira ou metal;
Pedra: Meteorito;

Domínios: Justiça, Poder Estatal, Questões Jurídicas, Pedreiras;

Oferendas: Amalá, cágado, carneiro, e algumas vezes cabrito. Gosta de Orobô, mas recusa Obi (noz de cola), ao contrário dos demais Orixás;

Dança: Alujá, a roda de Xangô. São vários toques que falam de suas conquistas, seus feitos, suas mulheres e seu poder e domínio como Orixá.

Animais associados a Xangô: Tartaruga, Falcão, Águia, Carneiro e Leão.














 












BIO


Thiago Muniz é roteirista, colunista do blog "O Contemporâneo", dos sites Panorama TricolorEliane de Lacerdablog do Drummond e Mundial News FM. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para: thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.


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