Com 67 anos, Souza se beneficiou claramente de sua longa carreira televisiva e foi eleito com 52,1% dos votos, em um pleito em que a esquerda portuguesa se pulverizou e não teve um candidato capaz de enfrentar o midiático analista político, que teve apoio dos partidos de direita a distância.
Como na Argentina, o líder conservador quer unir o país: “É tempo de virar a página e recriar a pacificação social, económica e política em Portugal.” E colocou o Papa Francisco na dança portuguesa, afinal Portugal é um país de maioria católica, para ele, com um discurso pragmático é possível conciliar a “justiça social com crescimento económico e solidez financeira”.
Marcelo Rebelo de Sousa mostrou em seu primeiro discurso que pretende seguir um caminho próprio, ideologicamente a direita, próximo a doutrina social católica e longe de partidos políticos, por aqui, esse distanciamento fez mal ao governo da presidente Dilma, mas sabemos que na terrinha a figura do presidente e de chefe de estado e não de governo, afinal Portugal é parlamentarista.
Os ventos cá como lá já vimos são a direita, resta saber se farão bem a América Latina e a Europa. Acredito que a alternância de poder deve ser feita entre conservadores e liberais de verdade, sem um discurso dubio ou pragmático que enfraquece a democracia e dificulta o entendimento da população em geral sobre o que pensam aqueles que dão rumo as nações.
Em tempo, até agora a presidente brasileira não felicitou Souza pela vitória como manda a tradição das nações irmãs Portugal e Brasil, nitidamente mostra o descontentamento pela vitória conservadora sobre seus parceiros de esquerda das terras de Cabral.
Rapha Ramirez tem 32 anos, é formado em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Apaixonado por política, já está escrevendo o seu primeiro livro e em breve se lançará como Escritor. Caso queiram entrar em contato com ele, basta seguirem o seu perfil no Twitter em @rapharamirez.
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