Isso mostra a degradação da política brasileira. Um governo sob suspeição por seus erros e manipulações eleitorais, sofrendo de total falta de credibilidade, salvo por um presidente da Câmara de Deputados com muito menos credibilidade do que o governo.
Além disto, beira a degradação a polarização no FLAxFLU entre os que querem tirar a Presidente a qualquer custo e os que querem mantê-la a qualquer custo. O debate pelo impeachment está corroendo o Brasil há meses.
O País está parado por esta hipótese que trás insegurança geral. Ao debater o assunto ele ficará para trás. Com a iniciativa vinda de um presidente da Câmara de Deputados sem a mínima legitimidade, e ainda sem provas legais claras de envolvimento da Presidente Dilma na corrupção, a possibilidade maior é de que o impeachment não passará.
O País está parado por esta hipótese que trás insegurança geral. Ao debater o assunto ele ficará para trás. Com a iniciativa vinda de um presidente da Câmara de Deputados sem a mínima legitimidade, e ainda sem provas legais claras de envolvimento da Presidente Dilma na corrupção, a possibilidade maior é de que o impeachment não passará.
O perigo será ela e o PT tomarem esse resultado como licença para não mudar, como um perdão do Congresso ao que a Lava Jato descobriu, uma aceitação da inflação, do desemprego, da recessão, das manipulações de marketing.
O impeachment do atual governo, sem uma base legal sólida e convocado pelo atual presidente da CD, deixará o Brasil com uma marca de instabilidade política ao longo de décadas. Nenhum presidente terá seu mandato seguro.
O impeachment do atual governo, sem uma base legal sólida e convocado pelo atual presidente da CD, deixará o Brasil com uma marca de instabilidade política ao longo de décadas. Nenhum presidente terá seu mandato seguro.
Qualquer pessoa pode entrar com pedido de impeachment e não faltará um presidente da Câmara que por interesse próprio poderá acatar o pedido, se os deputados do partido do governo não cairem em sua chantagem.
O Congresso terá de encontrar base legal sólida, de acordo com a Constituição, para poder chegar ao extremo de um segundo impeachment entre os únicos quatro presidentes eleitos em 25 anos.
Mas a continuação do atual governo Dilma, por mais três anos,deixará uma marca de decadência econômica, de desorganização social e caos político.
O debate do impeachment pode entretanto significar uma virada de página na realidade política atual. Se o Congresso responsavelmente, criteriosamente, tiver argumentos para fazer o impeachment, mesmo diante da ilegitimidade do Cunha, o Brasil pode ter um novo governo que retome a credibilidade perdida pelo governo Dilma.
Mas, se, como tudo indica, o Congresso não fizer o impeachment e der a vitória à Presidente Dilma, ela poderá reiniciar seu governo: reconhecer seus erros, que quase levam a um impeachment, dizer que seu partido é o Brasil, não mais o PT, chamar todo o País e nossas lideranças, inclusive da oposição, para um governo que retome a confiança do povo brasileiro: ela "ser a Itamar dela própria".
Mas, conhecendo seu comportamento, do PT e de alguns de seus aliados o grande perigo é ela ganhar e acreditar arrogantemente que recebeu um cheque em branco para continuar errando na economia e fazendo política com marketing, aparelhando a máquina pública como se fosse do seu partido, pedir a libertação do presos pela Lava Jato, dar um sinal de que corrupção foi aceita.
Tudo isso seria evitado, se percebendo o quadro em que seu governo colocou o Brasil, ela tivesse auxiliares próximos que recomendassem um novo governo com ela depois do voto no Congresso.
Mas para isso seria preciso eles terem a percepção da dimensão da crise, entenderem a dificuldade de recuperar a credibilidade e terem senso de responsabilidade estadista com o País. Posições que até aqui não tiveram. Se tivessem tido, não estaríamos na situação em que estamos.
Por isso, dá para imaginar que o pior ainda está por vir, seja por causa de um impeachment desastrado que vai corroer a confiança na política, seja pela continuação de um governo desastroso que está levando o país a uma decadência histórica.
Não sei se o Brasil tem jeito e nem sabemos em quanto tempo haverá pelo menos uma perspectiva de melhoras.
BIO
Thiago Muniz tem 33 anos, colunista dos blog "O Contemporâneo", do site Panorama Tricolor e do blog Eliane de Lacerda. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para: thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.
Texto bem interessante.
ResponderExcluirO momento atual é desastroso. Temos um presidente da câmara que não inspira confiança; o do senado, idem. A presidenta (como gosta de ser chamada) vive se atrapalhando. No atual momento, vejo muitos problemas e poucas soluções visíveis.
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